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Governo Cunha-Temer sofre a primeira derrota, de muitas que virão

Por Redação Juruá em Tempo.22 de maio de 2016Updated:22 de maio de 20165 Minutos de Leitura
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Opinião – Leandro Altheman

O recuo do Governo Cunha-Temer em relação à extinção do MinC é certamente, a primeira de muitas derrotas que lhes virão.

A vitória do setor artístico-cultural sobre o programa liberal-conservador de Michel Temer e Eduardo Cunha é acompanhado de forte simbolismo.

Para a parcela ‘Temer’ do governo provisório, trata-se tão somente de buscar uma governabilidade através do pacto com forças sociais que demonstraram grande capacidade de mobilização. Mobilização essa que pode levar à paralisia, ou ainda pior, expor de maneira indelével, dentro e fora do país, a sua ilegitimidade.

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A aliança Temer-Cunha é provisória e fisiológica. Representam interesses distintos que tendem a se dissolver (ou se tensionar) ao longo do processo.

Contudo, é para a parcela ‘Cunha’ do governo que a derrota é mais significativa. Isto por que Cunha representa o componente mais conservador do governo interino. O fechamento do MinC foi pautado pelos setores mais reacionários do movimento evangélico. Daí ter sido comemorado por gente como Marco Feliciano e Malafaia. O fechamento do MinC, ao contrário do que querem pensar alguns setores mais liberais, não tem como objetivo ‘libertar a cultura das asas do estado’. Pelo contrário, trata-se de uma estratégia específica para fragilizar a cultura brasileira, de modo a tornar concretas as palavras proféticas do Pastor Ricardo Gondim, da Igreja Batista Betesda quando este alertou para o projeto político de um setor do movimento evangélico. Um projeto que prevê a ‘purificação’ da cultura brasileira.

‘…como os novos puritanos tratariam Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Maria Gadu? Respondo: seriam execrados como diabólicos, devassos e pervertedores dos bons costumes. Não gosto nem de pensar no destino de poesias sensuais como “Carinhoso” do Pixinguinha ou “Tatuagem” do Chico. Um Brasil evangélico empobreceria, já que sobrariam as péssimas poesias do cancioneiro gospel. As rádios tocariam sem parar músicas horrorosas como  “Vou buscar o que é meu”, “Rompendo em Fé”. ‘

Escritas há 5 anos atrás, as palavras de Ricardo Gondim vão soando cada vez mais ‘proféticas’. Ainda não havia o risco de termos um ministério da ciência ocupado por um pastor fundamentalista, mas o pastor já havia previsto a chegada do fundamentalismo às universidades. Infelizmente, a classe científica não apresentou a mesma capacidade de mobilização popular que o setor artístico-cultural.

Creio que a clareza com que Ricardo Gondim provém em primeiro lugar da capacidade de reflexão crítica que caracteriza o protestantismo clássico e em segundo, por conhecer de dentro as razões, o leitmotiv, deste setor do movimento evangélico representado por Mafalaia e M. Feliciano.

Gondim tratou inclusive do fisiologismo da bancada evangélica.

‘Um Brasil evangélico significaria que o fisiologismo político prevaleceu. Basta uma espiada no histórico de Suas Excelências da bancada evangélica nas Câmaras, Assembleias e Gabinetes para se apavorar. Se, ainda minoria, a bancada evangélica na Câmara Federal é campeã em faltas e em processos no STF, imagina dominando o parlamento.’

Mais profético, impossível.

Simbólico também, que esta primeira derrota tenha vindo justamente de um setor historicamente marginalizado. Artistas e fazedores de cultura conseguiram uma vitória, onde por exemplo, a comunidade científica não foi capaz.

O episódio demonstra também que a aliança Temer-Cunha é provisória e fisiológica. Cada um deles representam interesses distintos que tendem a se dissolver (ou se tensionar) ao longo do processo.

Outras lutas

Mas, se aparentemente o setor cultural obteve esta vitória sobre o governo Cunha-Temer, certamente outras lutas virão.

Uma que se apresenta no horizonte é a luta pelo reconhecimento dos direitos dos povos originários: índios, quilombolas, riberirinhos.

É aí que deve se travar a luta mais acirrada, pois não tratam-se apenas de espaços simbólicos, culturais, espaços que, no caso da cultura, podem posteriormente ser ocupados ou esvaziados, pela lógica do mercado.

No caso do reconhecimento a estes povos está em disputa o próprio modelo de produção: o existir e o subsistir. É o confronto direto com o agronegócio e tudo o que ele representa: a manutenção de um modelo agro-exportador, herança colonial que ainda dá as cartas em nossa estrutura social e política.

Fato é que, o Governo Dilma, em sua necessidade de busca pela governabilidade, vinha afrontando diretamente a estes direitos. Sua saída temporária, (que poderá manter-se ou não), significou entre outras coisas, que os setores que antes pressionavam o seu governo para tomar posição favorável ao agronegócio, passaram a literalmente ‘sentar na cadeira’ da presidência. Ou seja, passaram a fazer parte diretamente do poder político que antes detinham e controlavam indiretamente.

Há um fator extremamente positivo nisso, que é o de liberar as forças populares para um confronto mais direto, a que antes se viam impedidos, ou constrangidos, já que parte importante da esquerda detinha o compromisso político de dar sustentação e governabilidade a um governo cada vez menos, ‘de esquerda’ (para eternizar esse momento, temos a fotografia de Kátia Abreu sendo ‘tietada’ pela presidente da UNE, Carina Vitral e da UBES Bárbara Melo).

É no direito à terra e no confronto com o agronegócio que prometem-se as lutas mais duras, já que trata-se afinal da luta contra a estrutura colonial brasileira, modelo cujos interesses, o governo Cunha-Temer representa diretamente.

 

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