Na manhã desta sexta-feira (08), alguns alunos da escola de ensino médio Dom Henrique Ruth, realizaram um protesto na frente da instituição de ensino em apoio a um professor que diz estar sendo perseguido pela atual gestão da escola. Vestidos de preto, os alunos estiveram presentes no local e demonstraram apoio ao professor, que disse estar sofrendo represália por ter se manifestado contra a direção da escola. De acordo com informações, após a manifestação os alunos que participaram do ato retornaram para casa, ainda em forma de protestos.
“Se eu não fizesse essa manifestação, nem a Coordenação de Educação, nem a sociedade saberiam o que está ocorrendo na direção, que é arbitrária e não respeita a política participativa dentro da escola”, ressaltou o professor
Emerson de Aguiar Corsini, dava aulas no colégio, porém, segundo o Conselho Escolar, o professor costumava chegar atrasado, atrasava as notas dos alunos e costumava não participar das reuniões de planejamento escolar, o que acabou acarretando a saída do professor. Contudo, o mesmo contesta a decisão do conselho e diz que a decisão foi arbitrária e irregular.
Na rede social Facebook, o apoio ao professor se tornou ainda maior. Diversos alunos e também ex-alunos demonstraram apoio a Corsini através da hashtag ‘#todospelotiozão’ criada para que todos pudessem deixar suas mensagens em apoio ao educador.
“Está na hora de lutarmos por aquilo que é direito de todos liberdade de expressão! Muita vezes isso é esquecido e o que realmente é válido é a opinião e o veredito ‘daquele que tem poder’ ‘o dono da razão’. É nessas horas que temos e devemos apoiar o protesto do nosso querido amigo e professor Emerson de Aguiar. Que não sejamos apenas ‘pessoas mudas’! Medo? De quem? O medo que devemos ter, é de ser pessoas sem opinião”, ressaltou Thais Souza, através da hashtag.
Jair de Souza, diretor da instituição e apontado como o principal ‘mandante’ da saída do professor, disse que a decisão foi tomada pelo órgão máximo da escola e fez questão ainda de ressaltar que não está perseguindo ‘nenhum professor’, e sim cumprindo com o cargo que lhe foi dado.
“Ele veio amordaçado para frente da escola, alegar que está sendo perseguido. Isso não existe. O professor teve a atenção chamada para cumprir com suas obrigações como servidor público. O professor está expondo problemas internos na escola e criando situação de desconforto entre comunidade escolar e a direção”, finalizou.

