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quinta-feira, março 28, 2024

Em Cruzeiro do Sul, salários de comissionados têm atraso de 20 dias

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Servidores que exercem cargos comissionados na Prefeitura de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, estão desde o dia 30 de junho sem receber. Segundo o secretário de Administração do município, Mário Vieira Neto, a culpa seria da diminuição da arrecadação dos repasses constitucionais e débitos de R$ 1,4 milhão com a Previdência.

Aproximadamente 200 profissionais exercem cargos em comissão na gestão municipal. De acordo com Neto, porém, parte deles já foi paga durante o mês de julho e o problema estaria afetando apenas aqueles que trabalham na Secretaria de Saúde de Cruzeiro do Sul. Além deles, secretários municipais e o prefeito, Vagner Sales (PMDB-AC) também não receberam.

Neto diz esperar que o pagamento seja feito até esta quarta-feira (20), porém, isso não significa o fim do problema.

“Esta é a primeira vez que atrasamos o pagamento. Graças a Deus conseguimos efetuar o pagamento dos funcionários, mas a expectativa é que nos próximos meses esse atraso se mantenha”, afirma o gestor.

Um comissionado, que não quis se identificar, lamenta. “É complicado passar por essa situação. Temos contas a pagar e com o salário atrasado as contas se acumulam. Espero que o país passe logo por esse momento de turbulência e as coisas voltem ao ritmo normal”, diz.

‘Não temos mais como efetuar cortes’
Nos últimos meses, a Prefeitura de Cruzeiro do Sul tem aplicado uma série de medidas para manter as contas em equilíbrio. No final de 2015, o prefeito anunciou um corte de 25% nos salários dos secretários de estado, servidores comissionados e provisórios.

Já em abril, pôs à venda, por R$ 1,7 milhão, uma área de  31. 889,41m², na Avenida 25 de Agosto. O objetivo era utilizar o dinheiro da venda para investir na malha viária da cidade. Segundo Mário Neto, a venda não deu certo e a situação é cada vez mais crítica.

“Estamos vendo como fazer para concluir o pagamento. Não temos mais como efetuar cortes, já cortamos o que podíamos. Retiramos o fornecimento de marmita para quem trabalha nas ruas, diárias e horas extras. Se tivermos que cortar mais, vamos fechar postos de saúde e parar alguns serviços. A venda do terreno poderia ter aliviado o caixa da prefeitura, mas não deu certo”, finaliza.

 

Com informações do G1.

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