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Menino que teve as pernas amputadas depois de acidente em Cruzeiro do Sul precisa de ajuda para trocar próteses

Quem não lembra da história trágica que emocionou não só o Estado do Acre, mas todo o país, quando um grave acidente de ônibus em Cruzeiro do Sul, envolvendo os irmãos Laiane Lima Pereira, de 10 anos, e Luan Lima Pereira, de 8 anos, repercutiu em rede nacional depois uma reportagem veiculada na emissora Record de televisão.

Em 2012, as duas crianças se dirigiam até a escola Cristão Cruzeiro, mas ao atravessarem a faixa de pedestres na Rua Tarauacá, Bairro da AABB, foram atropelados por um ônibus da empresa Real Norte e arrastados pelo veículo por alguns metros.  As testemunhas alegaram que o motorista dirigia em alta velocidade. O acidente acabou tirando a vida da pequena Laiane e o seu irmão Luan teve as duas pernas amputadas.

Quatro anos se passaram, mas para Luan e a sua mãe, dona Maria José, a cena ainda continua viva em suas memórias, as duas pernas amputadas de menino e o falecimento da menina são as marcas de um momento triste que chocou a todos que presenciaram as cenas comoventes do acidente.

Depois da tragédia a direção da empresa Real Norte disse em uma entrevista à Rede Record que se comprometeria com todas as despesas necessárias para Luan, porém, segundo dona Maria José, a empresa não cumpriu com o acordo judicial e parou de fornecer a ajuda prometida.

“Em 2015, eu e o Luan viajamos para São Paulo, onde ele ficou quase dois anos em tratamento na AACD,mas quem me ajudou com as despesas foi um senhor que se solidarizou com a situação.
Contudo, ele só pôde ajudar durante 3 meses, depois disso passamos muitas dificuldades, eu tive que alugar um quartinho para que o Luan pudesse concluir o tratamento. As despesas eram todas por minha conta e cheguei a ganhar algumas cestas básicas lá”, disse a mãe.

Hoje Luan tem 12 anos de idade e usa um par de próteses simples, mas por conta do seu peso e crescimento não são mais adequadas a ele, pois lhe causam dor, incômodo e até ferimentos. O menino precisa de ajuda para a comprar novas próteses.

A enfermeira Aline Camila, que abraça a causa do Luan, diz em um vídeo que por ironia do destino ela conheceu Luan pessoalmente na Expoacre deste ano. Segundo ela, o destino dos dois estava traçado para se cruzarem nesse dia, pois ela nem iria sair de casa, mas algo dizia que ela tinha que ir.

“Eu estava doente, com mal-estar e um casal de amigos insistiam que eu fosse à Expoacre nesse dia, e algo dizia pra eu ir. Hoje não tenho dúvida que eu já fui para aquele local determinada a conhecer o Luan. Conversando com ele, eu me emocionei muito, porque lembrei do acidente na época, mas não sabia que era ele, e a partir daquele dia minha vida
mudou e eu ‘adotei’ o Luan. Hoje no que eu puder ajudar para ele e sua mãe,
eu ajudo. Estamos com a campanha agora #SomosTodosLuan para arrecadarmos o dinheiro das próteses, que custam em média R$20 mil e ele necessita muito delas para melhorar sua mobilidade, tenho fé em Deus que iremos conseguir”.

 

Por Almanara Barros.

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