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quinta-feira, maio 2, 2024

O trio MSN está de volta, dá espetáculo na Champions e o futebol agradece

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Foi outro time em campo. Não só pela presença de quase todos os titulares, mas também pela atitude da equipe, pela intensidade apresentada durante todos os 90 minutos, mesmo depois da vitória estar garantida. O Celtic tentou replicar a tática do Alavés, colocou uma linha de cinco defensores em campo, mas não foi capaz de mostrar a solidez do adversário do último sábado. Deixou espaços para o Barcelona jogar, e isso não é algo que o time costuma perdoar. O 7 a 0 no placar foi totalmente justo e um reflexo do que foi a partida.

Uma goleada contruída numa grande noite do trio MSN, que foi titular pela primeira vez desde a final da Copa do Rei, em maio. A sintonia, entretanto, parecia inabalada. Todos os gols tiveram participação do tridente, os três marcaram ao menos um gol. O golaço de Iniesta, único não marcado por um dos três atacantes, teve participação de Neymar, que deu a assistência. Mesmo Suárez, o mais apagado dos três, deu a assistência para o quinto gol e fez os dois que fecharam o placar – o sexto gol, seu primeiro na partida, veio depois de um lindo domínio no peito e um voleio de tirar o fôlego. Enfrentando o treinador que o transformou em uma máquina nos tempos de Liverpool, o uruguaio tinha que deixar sua marca.

Messi, como se não bastasse ser o regente da orquestra barcelonista, com lançamentos e passes em profundidade extremamente precisos, ainda fez um hat-trick, mostrando que vai, novamente, estar na briga pela artilharia da competição. Pela atuação do camisa 10, a lesão no púbis parece já fazer parte do passado. Em nenhum momento ele deixou de disputar alguma jogada ou se esforçar ao máximo para recuperar a bola. Felizmente, os problemas físicos foram só um susto e voltamos à rotina de comemorar gols do melhor do mundo.

Contudo, ninguém em campo, nem mesmo Messi, foi melhor do que Neymar. O golaço de falta é o menor dos destaques na grande atuação do brasileiro. Os dribles foram bonitos, mas ficaram em segundo plano. A busca por espaço, a participação em quase todas as jogadas perigosas do Barça, as quatro assistências (principalmente o belo passe para o sexto gol, feito por Suárez), esses foram os grandes feitos do brasileiro no jogo. Uma atuação perfeita, aproveitando os espaços deixados pela defesa adversária e procurando jogo o tempo todo. Depois de errar muito na tomada de decisões na partida de sábado, Neymar foi outro jogador na estreia da Champions e decidiu o jogo.

O tridente se destacou, mas o time inteiro foi bem. Stegen cometeu um pênalti depois de uma vacilada da defesa, mas se redimiu fazendo a defesa. Umtiti foi titular, deixando Mascherano no banco, e pouco foi exigido, assim como todo o sistema defensivo. No meio de campo, os grandes destaques foram Iniesta, que entrou no segundo tempo e além de fazer um golaço deu um passe magistral no lance do sétimo gol, e André Gomes, que fez sua primeira partida na Liga dos Campeões pelo Barça. O português preencheu todas as posições do meio de campo, chegando até a atuar mais recuado quando Busquets saiu, e foi muito bem em todas as funções. Seu posicionamento foi exemplar e, ainda sem arriscar muito, teve boa participação na criação das jogadas. Um começo animador para sua carreira no clube.

Depois de uma derrota inesperada, uma goleada como essa era muito necessária para recuperar o ânimo da equipe. Com exceção de André Gomes, que foi titular porque Iniesta está voltando aos poucos da lesão que sofreu no início da temporada, todos os outros jogadores eram a melhor opção que Luis Enrique tinha para escalar na partida. Umtiti começou a temporada melhor do que Mascherano e merecidamente ganhou a vaga no jogo de hoje. O treinador não correu riscos, optou pela segurança de colocar seu melhor time em campo e agora colherá os frutos de uma equipe com ânimo renovado para o restante da dura sequência de setembro.

O maior destaque, entretanto, é o trio MSN. Estávamos com saudades de vê-los destruindo um adversário como foi hoje. O maior espetáculo do futebol finalmente está de volta. Neymar foi brilhante, Suárez foi oportunista como sempre, e Messi foi Messi. Com o tridente reunido liderando o caminho, fica mais fácil para a equipe tomar seu rumo na temporada e ir se adaptando às rotações de Luis Enrique e às táticas dos adversários. A frustração de sábado ficou pra trás, dando espaço para o orgulho de ver os três melhores do mundo reunidos de novo e à expectativa do que eles irão fazer nessa temporada.

 

Por Vinicius Alexandre.

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