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quinta-feira, abril 25, 2024

A cara da Nova Esquerda: mulher, negra e cacheada

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por Leandro Altheman

O encolhimento do PT em todo país será pauta para inúmeros e acalorados debates que virão nas redes sociais e nos meios de comunicação tradicionais.

Rio Branco, e o Acre seguem como uma espécie de trincheira. Uma posição interessante a ser defendida, já que por mais de uma década o PSDB se manteve como uma trincheira em São Paulo e agora colhe seus frutos.

Contudo, na esteira do ‘encolhimento’ do PT, surge também uma nova esquerda ‘do pé rachado’, ocupando o vácuo deixado pelo PT naqueles questões que o partido, nos últimos anos, em seu esforço de parecer vendável e palatável acabou tendo ‘nojinho’.

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A cientista política Áurea Carolina, de 32 anos. Campeão de votos em BH.

Está aí a vitoriosa vereadora do PSOL de Belo Horizonte.

A cientista política Áurea Carolina, de 32 anos, está na vanguarda duplamente: antes dela, nenhuma vereadora havia recebido tantos votos e ela foi a primeira pessoa a levar o PSOL para a Câmara Municipal da cidade.

O PSOL emplacou como as vereadoras com perfis semelhantes em Porto Alegre, Belém e Niterói e com Freixo no segundo turno no RJ, consegue ocupar o espaço e fincar a sua bandeira em uma parcela do eleitorado que já não se sentia mais representado pelo PT.

Você tem esse perfil e ainda não entrou para a política? Está demorando. Ocupe seu espaço!

Por outro lado, o campo de centro, continua sendo ocupado de maneira precária pelo fisiologismo do PMDB. O cientista político Moysés Pinto Neto alerta para a necessidade de se buscar esse voto de centro. ‘A democracia brasileira precisa de um partido forte de centro-esquerda e perfil verde, politicamente progressista e moderado na economia, lugar que não pode ser ocupado nem pelo PT nem pelo PSOL, dadas suas raízes e base social. A Rede até agora não conseguiu ocupar esse espaço. Apesar disso, o lugar está lá, e o papel em aliança com o PSOL na cassação de Cunha e na derrubada da anistia ao caixa 2 mostra que ele precisa ser ocupado por alguém. Que a Rede aproveite a deixa e se resete’.

Francamente não vejo a hora de ver este espaço de centro sendo ocupado pelo debate entre socialistas moderados, sociais-democratas, liberais e verdes, nas suas mais distintas matizes, mas que possa ser um diálogo pautado em programas e não em troca de favores. Debate este que passou décadas sufocado pela propinocracia fisiológica criada pelo PMDB e continuada pelo PSDB e PT.

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