Por falta de provas em inquérito policial, o juiz da 4ª Vara Criminal de Rio Branco, Cloves Augusto manda soltar duas mulheres que até então eram apresentadas como lideranças da fação comando vermelho no Estado.
Uma delas, Èrica Cristina de Oliveira, era assessora do deputado federal Major Rocha. A polícia investiga se ele dava manutenção ao grupo criminoso.
Bruna Fernanda Vieira da Silva, proprietária do “Quiosque da Bruna” e Érica ganharam a liberdade na sexta-feira (21). O magistrado não viu provas suficientes que ligassem as mulheres ao Comando Vermelho.
Os maridos de ambas estão presos, acusados de liderar o grupo criminoso no Acre. De acordo com a polícia, Erica e Bruna participaram das reuniões da facção.
O juiz Cloves Augusto disse que a Polícia Civil conseguiu ver indícios de que as duas participavam da organização, mas o Ministério Público não obteve provas necessárias para a produção da denúncia.
“Se na própria denúncia do MP não há o pedido para comprovação da culpa, é o dever da Justiça libertar a pessoa”, explicou.
No inquérito de Érica e Bruna, estavam mais 76 acusados de fazer parte do Comando Vermelho. O MP conseguiu provas para pedir a condenação de 56. O magistrado informou que a Polícia Civil vai continuar as investigações para saber o grau de culpa das duas mulheres.

