Ao menos três agências do Banco do Brasil no Acre devem sofrer o impacto do plano de reestruturação da entidade. Nesta segunda-feira (21), o BB anunciou que, em 2017, 402 agências serão fechadas, 379 serão transformadas em postos de atendimento e 31 superintendências em diversos municípios serão encerradas.
No estado, o projeto deve causar o fechamento de duas agências na capital, a Parque da Maternidade, que funciona no Centro, e a Estação Experimental, que funciona no bairro de mesmo nome. A terceira agência atingida pelas mudanças funciona no município de Assis Brasil. Essa, entretanto, não deve ser fechada, mas transformada em posto de atendimento.
O Banco do Brasil diz que a reestruturação de agências e o plano de aposentadoria incentivada podem gerar uma economia anual de R$ 3,798 bilhões, caso os 18 mil funcionários habilitados optem por deixar o banco em troca de benefícios.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Acre (Seeb-AC), Edmar Batistela, porém, não vê a situação com bons olhos. No caso de Assis Brasil, ele salienta que a medida pode provocar prejuízos não só aos moradores, mas também ao comércio local.
“O Sindicato dos Bancários repudia e não concorda com essa reestruturação do BB. A redução de agências irá piorar o atendimento à população, atendimento esse que já não é bom. E esse possível plano de aposentadoria sem a reposição dos bancários aposentados, certeza irá também sobrecarregar os bancários que permanecerem na ativa”, disse.
Todavia, o Banco do Brasil negou o impacto negativo da proposta. “Esse processo de redimensionamento da rede foi precedido por uma série de estudos, inclusive com revisão de processos internos, que retiram das agências procedimentos administrativos que os funcionários teriam de executar e direcionam para efeito de suporte e de apoio. Além disso foi baseado na realidade digital que vivenciamos hoje. Há muitos processos que acabam sendo feitos de forma digital, 40% das transações bancárias hoje são realizadas por mobile e 27% pela internet”, disse em nota.
O Banco salientou ainda que não há nenhuma pressão por parte da administração para que os servidores deixem a instituição em troca de benefícios. “É adesão mesmo. O Banco do Brasil oferece atrativos e esses funcionários podem livremente optar”, finaliza.
Com informações do G1.