Acostumado a pegar dinheiro público e usá-lo impunemente ao seu bel prazer, Vagner Sales mais uma vez aprontou das suas.
Ontem foi inaugurada a sede do Sindicato dos Mototaxistas. O prédio, localizado em frente ao SENAI (Bairro João Alves – ‘Gião’), foi financiado com recursos federais com a finalidade de ser vir à comunidade como um centro de multiuso.
As poucas informações disponibilizadas no site de transparência da prefeitura apontam para a construção de um centro de multiuso financiado pelo Programa Calha Norte do Ministério da Defesa. O convênio, sob o número 79953 no valor de R$400 mil reais teve a contrapartida de apenas R$16.667,00 por parte da prefeitura.
Em todo país, os centros de multiuso são utilizados para sediar eventos culturais e esportivos, cursos e oficinas, palestras, eventos de formaturas, e etc. Em Cruzeiro do Sul, não haverá múltiplo uso do centro, e sim, a ocupação permanente como sede do sindicato de uma uma única categoria.
O desvio de finalidade ocorre como cumprimento de uma promessa de campanha feita por Vagner Sales para angariar o apoio da categoria dos mototaxistas ao pupilo llderlei Cordeiro. Embora seja inquestionável a necessidade de uma sede para uma das maiores categorias de Cruzeiro do Sul, fazê-lo em detrimento do restante da comunidade é mais um testemunho de uma administração que governa apenas para si mesma, de acordo com os interesses políticos mais imediatos.
Impunidade
Vagner Sales sabe que pode fazer o que quiser com o dinheiro público pois conta com:
1- a cumplicidade subserviente da maioria da câmara de vereadores
2- aliados peemdebistas em várias instâncias do governo federal e na justiça
3- a apatia de uma população que já aceitou como ‘natural’ a corrupção descarada em seu próprio quintal
4- vista grossa de boa parte da imprensa cruzeirense, sendo que muitos profissionais Vagner alega já ter ‘ajudado’ financeiramente
Ainda assim, em julho deste ano, a justiça federal determinou o bloqueio dos bens de Vagner Sales, no valor de R$670.540,00, com vistas a ressarcir aos cofres públicos os prejuízos causados pelo desvio de recursos da SUFRAMA que deveriam ter sido utilizados para o asfaltamento de trechos críticos dos ramais mas foram utilizados para garantir o asfaltamento do acesso à sua fazenda, o que para a justiça federal configurou enriquecimento ilícito.