Três municípios acreanos de difícil acesso começam a perceber as mudanças positivas que chegam com as obras de saneamento integrado.
Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão, na região do Juruá, desde 2014 vivem um novo cenário urbano com as constantes obras do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser), conduzido pelo Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) e pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan).
O programa vai investir R$ 100 milhões, recursos do Banco Mundial e do governo do Estado, com distribuição de água, coleta e tratamento do esgoto, pavimentação, drenagem, além da coleta e destinação de lixo.
As obras nessas cidades, imersas na floresta amazônica, com acesso apenas por pequenos aviões e barcos, desafiam os ensinamentos da engenharia moderna, precisando sempre de muita análise e descoberta de novas alternativas, tanto para o solo quanto para a logística.
Durante toda a obra, equipes do governo do Estado mantêm constante fiscalização nos canteiros – desde seguir o projeto como planejado até a qualidade dos insumos e o cronograma de execução das prioridades em cada município são questões observadas pelas equipes do Depasa e Seplan, sempre dialogando com a comunidade e com as empresas executoras.
Obras em andamento

Ele viu de perto os avanços, por exemplo, da rampa de acesso ao porto em Marechal Thaumaturgo: “Um dos investimentos que estamos fazendo em Marechal é a rampa de acesso e, ao lado, um terminal de transbordo. Um espaço com lanchonete e galpão todo estruturado para receber os produtos dos agricultores, que vão poder armazenar e poder fazer um melhor negócio na hora de comercializar, sem pressa de vender”.
Ainda em Marechal, ficou decidido também sobre o tratamento de esgoto e distribuição de água, que logo terá cobertura total na cidade.
“Para tratamento de esgoto, serão feitas unidades individuais, pois, se formos escavar toda a cidade, vamos pô-la abaixo. Para fazer obras estruturantes em Marechal, é preciso fazer antes testes de tecnologia. Estamos há dois anos batendo cabeça, juntando experiências, e agora definimos nossa técnica para fazer o pavimento”, explica Magalhães.
Em Porto Walter, após reunião sobre o cronograma, a equipe pôde acompanhar a pavimentação das primeiras ruas e o avanço na base e sub-base do solo das ruas seguintes a serem pavimentadas.
Seguindo para o Jordão, o trabalho de pavimentação continua, e algumas ruas já estão em caminho de conclusão, como o acesso ao Bairro Novo.
A rampa de transbordo já teve sua execução iniciada, e quando finalizada, será a vez de o terminal de transbordo ser erguido.
A meta agora é avançar com as obras enquanto o período de chuvas não chega com força na região. Quando os rios começarem a subir e as precipitações aumentarem, algumas obras precisam ser desaceleradas e as equipes passam a focar na logística de transporte dos insumos por via fluvial.

