A votação da PEC 55 foi marcada por protestos e repressão violenta em Brasília. Cerca de 20 mil estudantes, trabalhadores e representantes de movimentos sociais foram reprimidos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eles estavam mobilizados contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. A proposta do governo Michel Temer já foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado Federal, com votação prevista para esta terça-feira em primeiro turno, e segunda, no próximo dia 11. A PEC visa a um ajuste fiscal congelando os investimentos da União por 20 anos.
Os jovens organizaram o ato de hoje “para derrubar a PEC, que é uma injustiça contra os estudantes, contra os trabalhadores, que vai barrar investimentos em áreas essenciais. Isso é um sofrimento para nós. Já temos a vida sofrida e isso não está certo. Temos que barrar isso e o Temer”, disse a estudante Natália, para os Jornalistas Livres.
“É lamentável que esse Congresso, mais venal da história do país, esteja a legislar contra a democracia, contra o Estado democrático de direito, e queira por fim a direitos sagrados da nossa tão sofrida classe trabalhadora. Eles pretendem congelar investimentos, querem promover um profundo retrocesso e assim desconstruir a nação”, disse o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, destacando a importância da resistência contra o projeto.
A aprovação da PEC precisa de maioria composta dos votos, ou seja, três quintos (49) de um total de 81 senadores. No início da tarde, indígenas da etnia munduruku, da região do rio Tapajós, no sul do Pará, também protestaram contra a proposta, além de exigirem a ampliação na política de demarcação de terras.
Fonte: Rede Brasil Atual, Jornalistas Livres e Sul 21

