Um auditor do Ministério da Agricultura apreendeu aproximadamente seis toneladas de açaí em Feijó, interior do Acre. No mês de agosto, exames feitos em cinco amostras de açaí encontraram o DNA do barbeiro, inseto transmissor da Doença de Chagas. O material estava pronto para ser vendido.
O servidor foi enviado de Belém para o Acre para conhecer a produção e o comércio de açaí do município. Além disso, ele deve discutiu estratégias para a regulamentação da venda e produção do açaí com representantes de instituições que atuam no seguimento.
O material apreendido foi encontrado em uma empresa que solicitava autorização para comercializar o produto.
“Foi necessário que houvesse a apreensão, foram coletadas amostras desse produto que serão enviadas para laboratório para as devidas análises. Isso é uma medida preventiva, cautelar, nós não queremos dizer com isso ou atestar que aquele produto é impróprio para o consumo”, salienta o gerente do Ministério no Acre, Luziel Carvalho. Só após os testes, o Ministério poderá dizer se o açaí apreendido está apto para ser vendido.
Carvalho explica ainda que o Ministério trabalha, junto com o governo do estado, para elaborar uma legislação estadual voltada para a área de bebidas, dentre elas o açaí, regularizando a atividade produtiva e comercial.
“O que nós solicitamos às demais empresas, os demais produtores e as pessoas que são envolvidas com essa atividade é que busquem se adequar da melhor maneira possível. Já estamos elaborando uma legislação estadual no intuito de normatizar toda a atividade, tanto produtiva quanto comercial, não somente do açaí como as demais polpas também”, enfatiza.
O auditor diz ainda que o órgão está fazendo contato com as demais superintendências do Ministério para solicitar a viagem de auditores federais ao Acre para ajudar no trabalho.
“Esse é um problema que vários outros estados também já encararam e conseguiram superar, com certeza com isso todo mundo sai ganhando, a sociedade sai ganhando porque vai começar a consumir um produto com segurança alimentar, o estado sai ganhando porque também vai gerar receita e nós também, em nível federal, estaremos ganhando porque estaremos aqui atuando e fazendo nosso trabalho da melhor maneira possível”, finaliza.

