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Artigo:Temer e Gedel fazem Brasília parecer ‘Sucupira’

por Leandro Altheman

O escândalo Geddel/Temer é mais um daqueles casos acintosos de clientelismo que tão bem caracterizam o PMDB: o câncer em metástase em todas as instâncias do poder público brasileiro.

Estamos todos aguardando ansiosamente que a PF ‘vaze’ os áudios gravados por Calero comprovando a participação de Temer no episódio.

Relembrando: O empreendimento imobiliário foi embargado pela direção nacional do órgão em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeito a regramento especial. Os construtores, afirmou o ex-ministro à publicação, pretendem erguer um prédio com 31 andares, mas o Iphan autorizou a construção de, no máximo, 13 andares.

Geddel teria pressionado Calero afirmando possuir um apartamento no prédio embragado. Contudo, seu interesses vão além. Familiares do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, integram a defesa do empreendimento imobiliário de Salvador barrado pelo IPHAN.

Esses interesses pessoais, pressões e constrangimentos não soa familiar? Onde é mesmo que a prefeitura libera alvará de construção em área pública para agradar amigos e parentes?

Estamos assistindo à ‘sucupirização’ do governo federal: com o clientelismo e a familiocracia dando as cartas no Planalto, Brasília ficou mais parecida com Cruzeiro do Sul.

Boatos

E por falar em áudio, a turma do ‘não vai dar em nada’ continua espalhando boatos sobre a AIJE que pede a cassação do registro de candidatura de Ilderlei e Zequinha. O primeiro boato foi de que a perícia teria concluído que o áudio apresentado por Clebisson teria sido editado.

Mentira. A verdade é que a perícia nem sequer aconteceu. O áudio foi remetido à superintendência da Polícia Federal em Rio Branco e ainda não retornou.

O segundo boato é de que a sentença já teria sido anunciada favoravelmente ao PMDB. Outra inverdade, ainda que, a atitude da juíza Adamarcia Machado para com Clebisson durante a audiência, de fato, estimule esta previsão.

Quem assistiu à audiência pode perceber que Clebisson, testemunha, foi acuado pela juíza como se fosse ele, o réu.

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