A família do acreano Marcio Bestene Koury, de 44 anos, morto na queda do avião da Chapecoense na terça-feira (29), aguarda a chegada do corpo do médico na Arena do Condá, em Chapecó, Santa Catarina.
O velório coletivo dos jogadores, diretoria da Chapecoense e jornalistas, que estavam no avião, deve durar cerca de quatro horas, segundo a diretoria do time. O clube acredita, em balanço preliminar, que 51 vítimas devem ser veladas na arena na sexta-feira (2).
“Não temos muitas informações, apenas que a previsão é que a chegada dos corpos seja amanhã [sexta, 2]. Estamos no estádio recebendo ajuda da assistência social do time e conversando sobre a organização dos velórios. É tudo muito triste”, lamenta o tio de Koury, José Bestene, de 55 anos.
Ele relata ainda que, apesar do desejo da família de levar o corpo do médico para o Acre, os familiares decidiram respeitar o pedido da mulher e Koury vai ser enterrado em Chapecó. “Nós, enquanto família, queríamos muito que fosse para o Acre, pois foi onde nasceu e se criou. Mas, como é o desejo dela que ele fique em Chapecó nós decidimos aceitar”, diz.
O médico da Chapecoense sonhava em estar na Seleção Brasileira. Koury também era formado em engenharia e fez medicina na Universidade Federal do Acre (Ufac). A especialização em medicina desportiva foi feita em São Paulo (SP). Ele deixou duas filhas, de seis e 11 anos.
Identificação
Todos os 71 mortos na queda do avião da Chapecoense foram identificados no Instituto Médico Legal de Medellín, segundo informou o Bom Dia Brasil.
Com a identificação, os corpos das vítimas brasileiras passarão agora por tratamento para o transporte até o Brasil. Uma força-tarefa com funcionários da Embaixada brasileira em Bogotá e do Itamaraty está na Colômbia para ajudar as famílias nos trâmites burocráticos.
Os corpos dos brasileiros devem chegar entre sexta-feira (2) e sábado (3), segundo o Bom Dia Brasil. Além de brasileiros, há entre os mortos cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano.

