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Polícia desarticula esquema de extorsão pelo site AC 24horas. Veículo de Vagner Sales está entre as apreensões

Não se pode dizer que seja uma novidade, ou que seja uma surpresa. Até as pedras do cais sabem dos esquemas e modus operandi do AC 24 horas.

As extorsões explicam muito sobre a ‘linha editorial’ do Ac 24 horas: ataques sistemáticos ao governo do estado, e aos políticos identificados com a esquerda e uma generosidade ímpar com políticos condenados, como é o caso de Vagner Sales.  Com uma leitura, é possível identificar que paga e quem não paga o jornal, e eventualmente, quem atrasa pagamento.

Contudo, ainda que o esquema de extorsão do AC 24 já faça parte inclusive do folclore político do Acre, é necessário prová-lo perante a justiça, sob o risco de o jornal acusar, mais uma vez ao governo, de tentar ‘calar’ a imprensa.

A reportagem é de Assem Neto, do site Veja de Tudo.

Rio Branco – O jornalista e empresário Roberto Vaz de Azevedo, proprietário do site ac24horas.com, foi levado coercitivamente para prestar depoimento na delegacia, em Rio Branco, na manhã desta segunda-feira. O editor de política do veículo, jornalista Ray Melo, também foi obrigado a comparecer á sala do delegado. O filho do empresário, Bruno Vaz, assessor do Ministério Público, é a terceira pessoa envolvida num esquema de extorsões praticado há vários anos pelo site, que é o mais acessado do Acre.

Dois deputados apresentaram denúncia contra os jornalistas. O telefone pessoal de Bruno era usado para fazer as ligações em que o grupo condicionava a publicação ou não de reportagens denunciosas ao pagamento de determinadas quantias em dinheiro. A conta bancária fornecida aos políticos está em nome de Ray Melo. Roberto passou mal durante depoimento e foi evado a um hospital.

A Segurança Pública confirmou que os “acordos” com as vítimas tinham o objetivo de definir valores variáveis de R$ 2 mil a R$ 20 mil – utilizando o site para obter vantagem indevida, recebendo os pagamentos de forma camuflada, desde empregos públicos a favores políticos. No total foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão, alem de ordens judiciais determinado medidas cautelares diversas da prisão para os suspeitos. Durante a operação foram apreendidos computadores, celulares, documentos, veículos, entre outros objetos. Para locupletar os crimes os jornalistas também praticavam a lavagem do dinheiro utilizando a conta bancária de familiares. Em 4 anos de crimes e em apenas 2 contas bancárias os investigados arrecadaram mais de meio milhão de reais.

O grupo que comanda o site de notícias ac24horas arrecadou meio milhão de reais em apenas duas contas investigadas pela polícia. O dinheiro foi repassado por políticos e empresários, tratados na investigação como vítimas. Roberto Vaz, dono da empresa, Ray Melo, editor de Política, e o Bruno Vaz, filho de Roberto, foram indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e extorsão. Em coletiva à imprensa, o secretário de Segurança Pública declarou que, no total, 20 políticos e empresários pagaram ou estavam sendo pressionados a pagar evitar que determinadas reportagens não fossem publicadas. Os três acusados estão proibidos de sair da cidade. Ambos se mantiveram o tempo todo calados durante uma tentativa de interrogatório, na delegacia de polícia, na manhã desta segunda-feira. Eles assinaram cautelares em que concordam que sua situação se agravará caso mantenham contato de qualquer tipo com as testemunhas e vítimas. Os pagamentos eram camuflados, e aconteciam, também, por meio da oferta de empregos públicos . O filho do empresário é assessor do Ministério Público, com salário superior a R$ 5 mil. De acordo com a investigação iniciada em 2012, os crimes eram concretizados de forma reiterada, e mantinham como vítimas preferenciais políticos e empresários de todo o Estado, informa uma nota divulgada pela Secretaria de Segurança. No total foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão, além de ordens judiciais determinado medidas cautelares diversas da prisão para os suspeitos. Durante a operação foram apreendidos computadores, celulares, documentos, dinheiro (moeda nacional e estrangeira), cinco veículos, sendo um Honda City, pertencente a Wagner José Sales, prefeito de Cruzeiro do Sul, suposta vítima, entre outros objetos. Para locupletar os crimes, o grupo praticava a lavagem do dinheiro utilizando a conta bancária de familiares. Em quatro anos de crimes os investigados arrecadaram mais de meio milhão de reais, em apenas duas contas bancárias que tiveram seus sigilos quebrados por ordem da justiça.

Fonte: Assem Neto – site Veja de Tudo
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