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Após ameaça, DNIT suspende interdição da BR no rio Cigana

Fechou, ou não fechou? A dúvida surgiu no grupo de whats app da imprensa de Cruzeiro do Sul, colocando em cheque as informações desencontradas que vinham de diferentes fontes.

Ainda na sexta-feira, informações extra-oficiais, ou seja, partindo de funcionários de uma das empresas que presta serviço para o DNIT (e não do próprio DNIT), falavam que o mesmo órgão federal havia determinado a INTERDIÇÃO da Rodovia a fim de assegurar que os danos estruturais não se agravassem.

Chegaram a circular vídeos na internet mostrando uma saveiro de cor preta, estacionada transversalmente na rodovia a fim de impedir o trânsito de veículos.

Na manhã de sábado, mais uma vez foi um funcionário terceirizado que assumiu a interdição da rodovia, ao mesmo tempo em que o DNIT, por outros meios negava que a rodovia tivesse sido fechada. Na prática, motocicletas e veículos menores continuaram trafegando, após populares terem retirados pedaços de asfalto e construído uma trilha por sobre a cabeceira da ponte, há risco maior para veículos baixos. Caminhões estão impossibilitados.

De volta à BR, no final da tarde, um funcionário terceirizado explica exatamente o que houve. Segundo o seu relato, a ordem para interditar a BR teria partido do próprio DNIT ainda na sexta-feira. A orientação era que somente ambulâncias e viaturas policiais pudessem passar. Tudo para evitar o agravamento aos danos na cabeceira da ponte. Contudo, o funcionário teria sido ameaçado por populares que não aceitaram a interdição, e seu veículo foi retirado à força. Diante da ameaça e risco à integridade do funcionário, o DNIT teria revogado a interdição.

A situação no início da noite deste sábado é que os veículos que decidirem passarem o fazem por sua conta e risco, mas a interdição determinada pelo DNIT na sexta (ontem) foi d efato suspensa.

PM de prontidão

Dois Policiais Militares estão de prontidão para assegurar o cumprimento da interdição caso o DNIT decida fazê-lo.

Agravamento

Agravamento dos danos estruturais ocorrem em pouco tempo. Fotos foram tiradas com cerca de cinco horas de diferença.

A comparação entre as fotografias tiradas entre hoje pela manhã e o final da tarde deste sábado, mostram que a cabeceira afundou ainda mais e o afastamento entre esta e a ponte está cada vez maior.

Ponte atolada

Há a expectativa de que uma ponte metálica será colocada para dar trafegabilidade provisória. A ponte, na verdade uma chapa de aço com cavaletes metálicos, está vindo de Tarauacá, mas as informações é que a mesma encontra-se atolada nas proximidades do rio Gregório. Máquinas já foram enviadas ao local para retirá-la do atoleiro. A expectativa é de que a mesma seja colocada por volta da meia noite.

 

Ônibus

Após pegar carona desde o Gregório, passageiros aguardam o transbordo no Cigana.

Os ônibus devem fazer o transbordo, ou seja, mudar os passageiros para outro ônibus do outro lado do rio Cigana. O problema maior não é aí e sim, no atoleiro do rio Gregório. Passageiros que vieram de carona até o cigana, informaram que há um grande atoleiro naquela área, com vários caminhões e ônibus parados.

Motoristas desistiram

Fechou. Tráfego entre Cruzeiro do Sul, Croa, Lagoinha, Santa Luzia e Katukinas fazia parte do cotidiano cruzeirense. Não faz mais.

Dependendo do carro e da necessidade, o mais recomendável é não fazer a travessia por enquanto. Foi o que decidiu Dávila Kaline, 25, que dirigia-se para o PA Santa Luzia com um Corolla.

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