Nem bem estreou no comando da maior cidade do interior do Acre, Ilderlei Cordeiro (PMDB) experimenta um clima de fim de festa. A sensação é a de que seu antecessor, Vagner Sales, consumiu todo o “estoque de bebidas, bolos e doces” em uma farra que produziu a ressaca curtida agora por seu pupilo e sucessor.
O auto-intitulado Leão do Juruá encerrou seu período de oito anos de reinado absoluto em Cruzeiro do Sul de maneira melancólica. Depois do folguedo que parecia sem fim, pipocaram os Salários atrasados, dívidas com fornecedores e Pevidência pública, além de uma cidade repleta de mato, lixo, buracos nas ruas e cofre vazio. Assim Ilderlei recebeu a faixa de prefeito.
São tantos os problemas do atual prefeito que nem mesmo o ano letivo nas escolas da rede municipal teve início. Com a Receita Federal arrestando recursos da conta do FPM da cidade mês a mês, e o TCE impedindo a contratação de novos servidores, Cordeiro vê sua gestão patinar na largada… e, para piorar o ambiente no Palácio Municipal, os corredores da prefeitura – desde os primeiros dias de seu mandato, vivem lotados por desempregados em busca de uma ocupação remunerada.
De tanto repetir que não há emprego disponível na prefeitura, Ilderlei mandou afixar nas paredes das repartições municipais um cartaz avisando: “Não há vagas de emprego”.
Pelo que se observa da nova gestão, ou o prefeito rasga o véu e expõe toda a situação de caos que herdou, ou acabará sendo execrado publicamente por seu antecessor. Vagner Sales, que já se lançou como pré-candidato ao Senado Federal, não hesitará em por culpa em Ilderlei pelo estrago feito por ele próprio.
O novel prefeito já percebeu uma coisa: os últimos “empregos” existentes foram ocupados pelos fiéis servos de Vagner Sales, todos instalados em cargos de primeiro, segundo é terceiro escalão. Depois de Sales, só um dilúvio poderia ser pior para Ilderlei Cordeiro.



