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Artista internacional leva a arte do Kenê Kaxinawá aos salões de Veneza, na Itália

Um grupo de índios Kaxinawá estará em Veneza, na Itália, participando da Bienal de Veneza (La Biennale di Venezia) a convite do artista Ernesto Neto, que há alguns anos vem utilizando os símbolos do kenê em sua arte. A 57ª Esposizione Internazionale d’Arte começa neste mês de maio e segue até novembro.

Ernesto Neto, que desenvolveu boa parte de sua obra a partir do uso de tecidos elásticos -dando forma a eles com o peso de bolas de plástico, isopor e temperos, entre outros materiais- é um nome de maior projeção na representação brasileira. O artista cria em suas obras espaços de intercâmbio, que solicitam do espectador a superação da experiência meramente visual, aguçando seus sentidos. O corpo prevalece como eixo de sua proposta. Emprega constantemente formas que se tocam no espaço, estabelecendo sugestões de sensualidade e de união física, presentes em grande parte de sua produção.

Com o título Viva Arte Viva, a mostra italiana articula representações de 51 nacionalidades em torno da proposta de contrapor o debate de ideias humanistas e o agravamento de conflitos políticos de diversas ordens.

Não é de agora a relação de Neto com os Kaxinawá. Em 2016, o projeto Vendemmia d’Artista realizado por Ernesto Neto contou com a colaboração da tribo Huni kuin (ou Kaxinawá) para “vestir” garrafas de um vinho promocional.

por REPÓRTER OPINIÃO

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