O caso dos policiais agredindo a pauladas, chutes e pontapés, três homens que, segundo eles, haviam acabado de cometer um assalto no bairro, ganhou mais um capítulo na terça-feira, 9, quando os agentes tiveram a prisão preventiva decretada e o mandado foi cumprido.
A prisão preventiva é de três meses, e pode ser renovada pelo mesmo período até acontecer o julgamento, que deve ser apressado por tratar-se de militares.
Os policiais militares apareceram em um vídeo polêmico que viralizou nas redes sociais no fim do mês de abril. Um morador do residencial Angico, localizado na região do São Francisco, gravou um vídeo com o celular e divulgou nas redes sociais. Em um curto espaço de tempo, o vídeo foi visto e compartilhado por milhares de internautas.
De acordo com a Polícia Militar do Acre (PM/AC) os policiais envolvidos no caso ainda poderão ser expulsos da corporação. Antes disso, eles terão direito à ampla defesa.
Após repercussão, os policiais apresentaram-se na corregedoria da PM e, como medida disciplinar, foram detidos por três dias e depois foram liberados. Dos três jovens agredidos, um era foragido e tinha diversas passagens na Justiça, já os outros dois nunca haviam sido presos.
Ambos devem responder por tortura, crime tipificado no art. 1º, inciso II, da Lei nº. 9.455, de 7 de abril de 1997.
Por Bruna Lopes