Uma das queixas habituais ouvidas durante a anterior administração municipal, era a recusa de unidades da prefeitura em atender pacientes oriundos dos hospitais estaduais.
Com capacidade para atender com exames laboratoriais, ultrassom, eletrocardiograma, testes rápidos e coleta para exames sorológicos, o Centro de Diagnóstico Edson Mesquita de Magalhães, no Aeroporto Velho sempre foi lembrado como um dos maiores trunfos da prefeitura na área de saúde. Contudo, por vezes foi usado com viés político ao negar atendimento a pacientes do hospital: mais uma forma de travar a velha batalha de responsabilidades entre governo e prefeitura.
O novo diretor da unidade, Bartolomeu Dutra, o ‘Bartô’ garante que isso ficou no passado: “Não misturamos política, nosso dever é atender à população. Estamos aqui para ajudar.”

Por sua determinação, pacientes com encaminhamento dos hospitais ou mesmo do atendimento privado são atendidos da mesma forma na unidade: uma determinação do SUS, mas que nem sempre foi cumprida na administração municipal anterior. O mesmo refere-se a pacientes dos municípios vizinhos.
Com uma boa e bem cuidada estrutura e equipamentos, os números do Centro de Diagnóstico são superlativos: segundo o diretor, chega-se a atender entre 15 a 20 mil pacientes/mês nos diferentes procedimentos. São 35 funcionários lotados na unidade, três deles médicos com formação específica na área.
A unidade vem adotando também um programa de coleta em casa, com prioridade para pessoas idosas ou acamadas.
Contudo, uma preocupação do diretor é com a grande quantidade de exames realizados que não têm seus resultados buscados pelos pacientes: “em geral são pacientes que apresentam melhora e não vêm buscar. Mas representa um custo para a unidade”. Segundo Bartolomeu, somente este ano foram 10 mil exames arquivados por esta razão.
A nova determinação da unidade -de atender sem distinção- parece ser mais um reflexo positivo de um diferencial entre a atual administração e a anterior: a de utilizar as estruturas do município para a finalidade essencial de atender á população, e não como ‘trincheira’ política ou enxadeco de ‘puxar votos’.

