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terça-feira, abril 23, 2024

Dilma: denúncia contra PT foi para ‘desviar foco’ de áudio da JBS

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A ex-presidente Dilma Rousseff usou suas redes sociais, nesta quarta-feira (6), para se pronunciar sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o que chamou de “quadrilhão do PT”.

“A denúncia proposta pela Procuradoria-Geral da República acusando a mim de pertencer e ao PT de constituir uma organização criminosa é um documento que deve ter sido reunido às pressas e baseado, exclusivamente, em depoimentos de delatores premiados”, disse ela.

De acordo com a ex-presidente, a intenção seria “desviar a atenção das gravações divulgadas”, referindo-se aos áudios entregues pelos executivos da JBS aos investigadores da Lava Jato, e que expuseram a suspeita de omissão de fatos possivelmente criminosos nos depoimentos prestados por eles.

“Na semana em que o país toma conhecimento da deterioração ética e moral que cerca o mercado da corrupção; no dia em que a polícia encontra uma dúzia de malas cheias de dinheiro roubado por elemento central na articulação do presidente golpista; o procurador lança mão do diversionismo e encontra respaldo em parte da imprensa brasileira que se transformou em uma fração política, perdendo inteiramente a isenção”, atacou Dilma.

Ela encerrou reafirmando a confiança na Justiça. “A justiça e a verdade sempre se impõem. O STF, certamente, fará justiça diante da absoluta falta de provas que atestem qualquer dos ilícitos denunciados pelo PGR”.

Nessa terça-feira (5), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal integrantes do núcleo político do PT por organização criminosa, com atuação durante o período em que Lula e Dilma Roussef foram presidentes da República, para a prática de crimes como cartel, corrupção e lavagem, em especial contra a administração pública. Além deles, também são acusados Antonio Palocci, Guido Mantega, Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo Silva, João Vaccari Neto e Edinho da Silva.

Segundo a denúncia, os crimes teriam sido praticados pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 2016, voltados especialmente para o recebimento de propina no valor de R$ 1,485 bilhão, por meio da utilização de órgãos públicos como a Petrobras, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

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