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terça-feira, abril 23, 2024

Número de tentativas de suicídios sobe 32% em 2017

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Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização a prevenção do suicídio. Em Rio Branco, existe um núcleo que trabalha com o público vulnerável. O número de pessoas na capital que tentaram suicídio nos últimos meses é alarmante.

Somente no primeiro semestre deste ano, o Pronto Socorro de Rio Branco atendeu 103 casos de tentativas de suicídio. O número é 32% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando ocorreram 78 tentativas.

No mês de julho deste ano, 20 pessoas tentaram tirar a própria vida e em agosto foram 46 pessoas. A estatística é alarmante e só faz referência aos pacientes que deram entrada no PS. Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’S), são notificados em média por mês, 50 casos por regional, ou seja, no total são 150 ocorrências de pessoas que tentaram suicídio.

A taxa nacional é de até 6 óbitos por suicídio para 100 mil habitantes. Em Rio Branco é o dobro disso. O setembro amarelo foi criado para debater esse tema, divulgar esses números alarmantes e principalmente para alertar sobre as formas de prevenção ao suicídio.

“O suicídio vem crescendo muito, principalmente entre jovens e adultos e nós precisamos ampliar essas ações pra evitar que mais mortes aconteçam em decorrência do suicídio”, afirma a psicóloga responsável pelo núcleo de prevenção ao suicídio do Huerb, Andreia Vilas Boas.

O atendimento do núcleo de prevenção de suicídio do Pronto Socorro acontece numa sala que fica próximo a entrada da unidade. Funciona de segunda a sexta, nos períodos da manhã e tarde, com plantão de psicólogos. Aqui são atendidas pessoas com histórico de tentativas de suicídio, auto mutilação, pensamentos de morte e depressão profunda.

“Nosso trabalho é focado para ampliar as alternativas de lidar com a dor, o sofrimento, pra que ela perceba que existem outras formas de lidar com isso que não seja necessariamente a morte. Nosso foco principal é esse. A maioria das pessoas que atendemos deseja se livrar de uma situação de sofrimento, não deseja a morte”, diz Vilas Boas.

A psicóloga explica que apesar de em muitos casos a vítima não deixar sinais de alerta sobre a intenção de se suicidar, alguns aspectos precisam ser observados. “As que deixam sinais às vezes começam a ter mudança de comportamento, sinais até relacionados a sintomas depressivos, como insônia, perda de apetite, mudanças bruscas de comportamento e algumas frases de alerta: eu preferia estar morto, eu sou um peso pra minha família, não aguento mais. Então esses podem ser alguns sinais que indicam pensamento de suicídio”.

Neste mês dedicado ao tema, o núcleo de prevenção ao suicídio vai trabalhar seminários voltados à capacitação de servidores da saúde, sempre com o foco no acolhimento.

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