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terça-feira, abril 23, 2024

Procuradoria-Geral da República denuncia políticos do PP na Lava Jato

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta sexta (1) políticos do PP em um dos inquéritos da Lava Jato.

Eles são acusados de participar de uma organização criminosa. A denúncia é sigilosa e, por isso, não é possível saber quem são os alvos. Há mais de 30 pessoas na lista de investigados.

De acordo com uma pessoa a par do assunto, a acusação contém informações da delação premiada do ex-deputado e ex-presidente do partido Pedro Corrêa (PE).

O jornal A Folha de São Paulo confirmou que Janot pediu para arquivar a parte relativa a alguns dos investigados.

O inquérito foi aberto após a primeira “lista de Janot”, com o objetivo de apurar se um grupo de políticos do partido atuou na Petrobras para se beneficiar de esquema de corrupção.

Apelidada de “quadrilhão”, a investigação mira um dos núcleos políticos da estatal.

A investigação foi aberta em março de 2015 para apurar se políticos de diferentes partidos participavam de uma organização criminosa na Petrobras. Foi aberta para investigar 39 pessoas e chegou a ter 66 alvos.

Depois, esse inquérito foi fatiado e, a partir dele, foram abertos outros três: um para apurar políticos do PT, um com foco no PMDB da Câmara e outro no PMDB do Senado.

Todos estão em fase de conclusão, apurou a reportagem.

A expectativa é que Janot ofereça denúncia nesses casos antes de deixar o cargo, em 17 de setembro.

De acordo com a PGR, os partidos se dividiram para lotear cargos e fazer esquemas de superfaturamento em diferentes diretorias da Petrobras. Os partidos negam as acusações.

Segundo a investigação, o PP atuava na de Abastecimento, liderada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, e tinha como operador o doleiro Alberto Youssef. Eles foram os primeiros delatores da Lava Jato.

“Como visto, a indicação de determinadas pessoas para importantes postos chaves do ente público, por membros dos partidos, era essencial para implementação e manutenção do projeto criminoso”, escreveu Janot ao pedir o fatiamento do inquérito, em 2016

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