A população do Juruá somente tomou conhecimento do pedido de garimpo após a empresária do ramo de cerâmica, Janaína Terças, trazer ao conhecimento público por meio da câmara de vereadores de Cruzeiro do Sul. A maneira obscura como o assunto vinha sendo tratado, sem o conhecimento da sociedade causou indignação popular. Seguiu-se uma audiência pública na câmara de vereadores, em que o representante da cooperativa, identificado como ‘Goiano’ afirmou ter a cooperativa o conhecimento da existência de ouro na região, algo que nunca foi confirmado.
Em junho, a bancada federal acreana reuniu-se com representantes do DNPM e o Ministro das Minas e Energia para solicitar o indeferimento do pedido.
A paralisação parcial da exploração de jazidas de barro e areia trouxeram transtornos aos empresários do setor e ao ramo da construção civil em nossa cidade. A suspeita de que o pedido de lavra teria sido apenas uma forma de cobrar ‘arrendamento’ dos empresários foi endossada por proposta feitas individualmente nesse sentido a empresários do setor.
‘Somos um Povo Guerreiro’
Pelo Whats App, a empresária Janaína Terças comunicou a decisão e comemorou como uma vitória da sociedade juruaense. “A imprensa move a grande massa, cidadãos, políticos, pessoas que ouvem e que podem mudar a realidade. Somos um povo guerreiro!” escreveu.
A partir de agora os empresários do setor devem buscar sua regularização junto ao órgão federal o mais urgente possível: “a área que estava onerada por essa cooperativa de garimpeiros agora está livre”, disse.
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