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sexta-feira, março 29, 2024

Na China, Cruzeiro do Sul busca soluções para problema do lixo e iluminação pública

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Ninguém em Cruzeiro do Sul dúvida de que de tantos problemas da cidade,  dois deles sejam justamente a questão do lixo e a iluminação pública.

Na China, a prefeitura busca uma solução tecnológica que possa integrar a questão ambiental e energética para a solução destes dois graves problemas do município. A oportunidade surgiu com a realização da Feira de Zhuhuai que aconteceu entre os dias 9 e 11 de novembro, na província de Guangdong (Cantão).

Feira Internacional objetiva ampliar negócios da China em direção à América Latina.

Trata-se da primeira exposição internacional China-América Latina e Caribe. O evento, organizado pela Câmara de Comércio Internacional da China, pretende reunir cerca de 400 expositores, inclusive de pequenas e médias empresas.

Os países da América Latina são alvo de uma série de políticas implantadas pelo presidente da China, Xi Jinping, que desde o início de seu governo, em 2013, já fez três visitas à região. O bloco também foi convidado a se juntar à iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, lançada por Xi como uma proposta para promover maior cooperação internacional.

A prefeitura de Cruzeiro do Sul é representada no evento pelo Controlador Geral do Município, Tárcito Batista.

Os objetivos do envio de um representante da prefeitura à Feira de Zhuhai são bastante específicos.

Segundo Tárcito, seriam a vista à Fábricas de LED, Placas solares e o principal deles: a implantação de uma Usina de Tratamento de Resíduo Sólido.

Usina de Plasma permite transformar lixo em energia a partir da incineração. Segundo representante da prefeitura a tecnologia de ponta permite reduzir as emissões de poluentes abaixo das exigências internacionais.

Tárcito acredita que com a implantação do sistema integrado (Led +Placas Solares + Usina Incineradora) Cruzeiro do Sul poderia se tornar um fornecedor de energia para a Eletronorte. Hoje, uma das maiores dívidas do município é justamente com  a empresa fornecedora de energia.

Questionado por nossa reportagem sobre a necessidade de ir à China, quando tais equipamentos poderiam, em tese, serem adquiridos no Brasil, Tárcito explicou que “apesar do Brasil ter fábrica de montagem de lâmpadas, toda a matéria prima vem da China ou Alemanha pra montagem dessas lâmpadas, sendo assim o custo em eventualmente se comprar por aqui é muito mais barato.”

Painéis solares seriam adquiridos muito abaixo do valor de mercado no Brasil, resultando em economia para a prefeitura. A intenção é tornar as unidades municipais, geradoras de energia.

O mesmo se daria na questão das placas solares “a matéria prima vem predominantemente da China e Alemanha, o que torna a compra do produto muito mais barato.”

No caso da Usina de Tratamento de Resíduo Sólido, se trata de uma tecnologia japonesa, com incineradores de plasma a uma temperatura de até 1100 °C, há uma montada no Brasil, mas não há fornecedor desse modelo.

“No Brasil nos foi oferecido pela CBCN – UNIVERSIDADE DE VIÇOSA essa tecnologia e eles viriam comprar aqui na China. O que vim fazer foi ir atrás de fornecedores com custo muito mais baixo. Quanto a produção de energia não se trata de venda para a concessionária e sim produzirmos a energia que consumimos e dessa forma fazer a compensação da conta de energia, a prefeitura passaria a não mais pagar a conta com a eletronorte e somente faria a compensação, gerando economia.”, explica Tárcito.

Iluminação Pública

As lâmpadas de Led para iluminação pública de 200 w enquanto no custa em torno de 1000 reais no comércio, aqui dependendo do modelo custa entre 60 e 100 dólares, o que traria economia na implantação dessas lâmpadas na rede de iluminação pública

O financiamento estaria sendo negociando com o Banco do Brasil através do programa de eficiência energética para a compra e troca das seis mil unidades necessárias no município. O programa investe até cinco milhões de reais na troca dessas lâmpadas.

“Lógico que por economia e uma compra dessa magnitude devesse procurar o fornecedor e não a empresa que já vende ganhando. Desse ter todos os custos para poder terminar o projeto executivo, com os cronogramas de desembolso.”

O projeto prevê a implantação de seis mil lâmpadas de LED que variam entre 100 e 400 watts.

Investimento

O envio do representante, obviamente, teve custos para o município, mas a expectativa é de que na relação custo-benefício, Cruzeiro do Sul saia ganhando. A missão do controlador geral teve um custo de R$14.577,40 mil reais para o município (entre passagens e diárias). O retorno estimado, contudo, caso o projeto seja de fato implementado, é de que a prefeitura venha a economizar o equivalente a 200 mil reais/mês com a substituição das lâmpadas da iluminação pública e mais 650 mil reais/mês com a implantação da usina.

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