O Sebrae no Acre e os parceiros do projeto Cadeia de Valor da Mandiocultura realizam nesta sexta-feira, 24, o Seminário de entrega e divulgação do Selo de Indicação Geográfica da Farinha de Mandioca de Cruzeiro do Sul, no auditório do IFAC do município. A solenidade tem início às 8h e se encerra às 12h.
No evento, o diretor de Marcas, Indústria Geográfica e Desenho Industrial do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), André Ballouiser, entregará oficialmente o selo. O processo do reconhecimento formal de Indicação de Procedência valoriza e identifica a histórica região produtora de Farinha de Mandioca do Vale do Juruá.
O selo foi concedido pelo INPI no dia 22 de agosto e remete a autenticidade, qualidade e valorização da produção tradicional de farinha que acontece há mais de 100 anos na região do Juruá, através dos ensinamentos de pais para filhos.
O objetivo deste selo é levar a farinha do Juruá a mercados mais sofisticados e consolidados, que possibilite a ampliação da ocupação produtiva e elevação da renda dos produtores familiares.
Para obter o reconhecimento formal, o Sebrae junto com Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Superintendência Federal da Agricultura (SFA/Mapa) e Governo do Estado, através da Secretária Estadual de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) construíram um dossiê técnico para demonstrar a delimitação geográfica, as normas e condições específicas para a padronização da produção da farinha, sistemas de controle, criação do conselho regulador, incluindo ainda comprovação do renome da região como produtora da farinha de mandioca.
Um dos primeiros resultados desta certificação foi a assinatura de um contrato comercial piloto entre os produtores, representados pela Central Juruá e a distribuidora de alimentos Tia Eliza, que fornece 10 toneladas mensais da farinha para a empresa fazer a distribuição ao mercado varejista.
A diretora técnica do Sebrae, Sidia Gomes, ressalta que a concessão do registro de reconhecimento de Indicação Geográfica, além de conferir proteção do conhecimento tradicional, reflete ainda, a valorização, o reconhecimento e a recompensa aos agricultores familiares que fizeram deste produto a sua identidade. Com informações da Assessoria SEBRAE.

