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quarta-feira, abril 24, 2024

“Culpa da cidade estar suja é da população”, afirma secretária de Ilderlei Cordeiro

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Se já não bastasse as diversas críticas que a atual gestão de Ilderlei Cordeiro vêm enfrentando da população de Cruzeiro do Sul, a atual Secretária de Meio Ambiente, Rosa Sampaio, fez questão de colocar mais ‘lenha na fogueira’, após insinuar em uma postagem, em sua conta na rede social Facebook, que ” a culpa da cidade estar suja é da população”. Em sua postagem, a secretária faz questão de defender o projeto aprovado na última terça-feira (19) na Câmara Municipal de Vereadores. O projeto prevê a cobrança de uma taxa extra que varia entre R$ 30,00 á R$ 150,00.

Ainda na postagem, a secretária chama de “minoria estridente e sem nada para contribuir”, aqueles que se dizem contra a cobrança da atual taxa, ou seja, a maioria da população cruzeirenses, já que muitos se manifestaram contra a cobrança.

Confira as palravas da secretária:

“O LIXO NOSSO DE CADA DIA
Não entendo muito bem porque as pessoas teimam em sujar a cidade, afinal é uma tremenda incoerência: quem suja é o mesmo que paga para limpar, e, no mesmo sentido acontece uma injustiça: os que não sujam pagam pela sujeira feita pelos outros.
Um dia desses, andando pela cidade com alguns visitantes que vieram trabalhar conosco no projeto do Plano de Gerenciamento de Resíduos, fiquei envergonhada com a pergunta de um deles: “porquê as pessoas jogam o lixo em volta da lixeira?”. É óbvio que não tive uma resposta pronta.
Lembrei-me então de um artigo que eu lí que falava sobre a teoria das “janelas quebradas” (Universidade de Stanford — EUA) que ganhou notoriedade. Ela consiste em mostrar que, quanto pior um lugar ou objeto, mais as pessoas contribuirão para piorá-lo e menos para preservá-lo. Nesse artigo, o autor propôs uma adaptação da teoria para a realidade das nossas cidades: aqui ela se chamaria “Meu Lixão Favorito”, referindo-se à prática de se acumular lixo em determinados lugares.
Funciona assim: alguém joga um saco de lixo em um canto da rua; vem outra pessoa e vê o lixo e pensa: “alí é o lugar do lixo” e joga o seu entulho sobre a sujeira que está lá. Logo vem outro, e outro e outro…até que o lixo passa a ser parte da paisagem. E não adianta os garís limparem; tão logo o caminhão da coleta recolhe a sujeira lá vem o porcalhão e joga outra imundície no mesmo lugar.
No artigo a que me referí, o autor concluiu assim: “Em suma, mesmo que limpemos os rios, ruas ou esquinas, as pessoas continuarão jogando lixo ali. Como o entorno é ruim, muitas consolidaram em suas mentes que aquele é “o lugar do lixo”. O lixão pra chamar de seu. Podemos limpar o quanto for. Mas enquanto toda a infraestrutura não for alterada, as pessoas continuarão jogando seus dejetos ali, sem se importar ou se preocupar”.

Neste ultimo dia 20 de dezembro, aprovamos a Lei que institui a Politica Municipal de Resíduos, que junto com o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos criam as condições jurídicas e normativas que nos permitirão interferir positivamente nesse cenário, dotando à nossa cidade da limpeza que merece.

São atitudes e decisões de governo urgentes e necessárias, mesmo que pouco compreendidas por uma “minoria estridente”, que, sem nada ter para contribuir, procura desconstruir as ações positivas.
A Administração Pública, da qual honrosamente faço parte, implementará as rapidamente mudanças necessárias para que mudemos a “cara” da nossa cidade. Em breve teremos uma nova frota de caminhões coletores; encerraremos as atividades poluidoras do “lixão”, eliminaremos paulatinamente as caixas coletoras de madeira, substituindo por coletores individuais; instalaremos modernos pontos de descarte subterrâneos nas áreas em que a coleta ainda é escassa; e, ampliaremos a cobertura da limpeza urbana para muito próximo dos 100% do município.
Mas Leis, por si só, nada resolvem. A solução passa pela consciência e atitudes individuais, dos nossos irmão Cruzeirenses, capazes de influenciar o comportamento coletivo , conquistar corações e mentes.; e, espantar definitivamente os urubus da cena urbana da nossa cidade.”

 

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