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terça-feira, abril 23, 2024

Em 2018, regras da luz vão mudar! Vale a pena aderir!

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A partir de janeiro, o preço da energia elétrica vai variar de acordo com a hora do dia. Por exemplo, no começo da noite, quando o consumo costuma ser maior, a energia será mais cara que na hora do almoço.

 

Essa é a chamada tarifa branca. Ela não é obrigatória: os consumidores podem decidir se querem a mudança ou se preferem continuar como estão hoje.

A mudança acontecerá aos poucos. Primeiro, poderão mudar as casas que têm um consumo alto e pequenos comércios e indústrias. Para a maioria das famílias, a tarifa branca só será oferecida a partir de 2020.

Entenda como funcionará a tarifa branca e saiba se ela vale a pena para você.

O que é a tarifa branca?

Hoje, não faz diferença na conta de luz se você usa mais energia elétrica de manhã ou à tarde, no domingo ou na segunda-feira. O preço é o mesmo para qualquer hora do dia e para qualquer dia da semana. Em breve, porém, o consumidor poderá escolher entre continuar pagando sua conta nesse modelo ou adotar a tarifa branca.

Mais barato fora do horário de pico e no fim de semana

Para quem optar pela tarifa branca, o preço da energia mudará ao longo do dia e será diferente para dias úteis e fins de semana. No dias úteis, haverá três faixas de preço: horário de pico, intermediário e fora de pico. Nos fins de semana e feriados nacionais, valerá apenas o preço do horário fora de pico.

Horário de pico varia de acordo com a região

Qual é o horário de pico? E o intermediário? Isso pode variar de uma região do país para outra, de acordo com os horários em que os consumidores daquele local mais usam energia, segundo a agência reguladora do setor de energia, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). As empresas de cada região deverão informar quais serão os horários.

Veja as faixas de preço

Horário de pico

Tem a energia mais cara de todas. É o período de três horas em que os consumidores daquela empresa mais usam energia.

Horário intermediário

O preço da energia fica no meio termo: mais barato que no horário de pico, mas mais caro que no horário fora de pico. Será aplicado uma hora antes e uma hora depois do horário de pico.

Horário fora de pico

Tem a energia mais barata de todas. Vale para as demais horas.

Quem pode optar pela tarifa branca?

2018

Valerá para quem consome 500 kWh (quilowatts-hora) ou mais por mês, em média. São cerca de 4 milhões de consumidores, como pequenos comércios e indústrias e casas grandes, que consomem muita energia.

2019

Valerá para quem consome de 250 kWh a 500 kWh por mês, em média. Também são pequenos comércios e indústrias, em geral, mas de menor porte. Nesse grupo estão cerca de 20 milhões de consumidores.

2020

Passa a valer para a maioria das famílias brasileiras, que têm consumo médio entre 150 e 200 kWh por mês, de acordo com a Aneel. A agência estima que são 50 milhões de consumidores.

Mudança não vale em dois casos

Quem paga tarifa social

São pessoas de baixa renda que já pagam uma tarifa menor. De acordo com a Aneel, o desconto que elas recebem é maior que o que poderiam ganhar com a tarifa branca.

Grandes consumidores, como indústrias

Fazem parte de uma rede de energia diferente, de média e alta tensão. Segundo a Aneel, já pagam uma tarifa variável desde a década de 1980.

Vale a pena mudar sua conta?

Para decidir se vale a pena aderir à tarifa branca, é preciso avaliar com cuidado seus hábitos de consumo. Por exemplo: em que horários sua família usa os aparelhos que mais consomem energia, como chuveiro elétrico, ar condicionado e ferro de passar roupa? Se for no horário de pico da sua região, então não vale a pena optar pela tarifa branca. Agora, se for fora do horário de pico, pode ser uma boa opção.

Boa opção para quem estuda ou trabalha à noite

A Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) recomenda a tarifa branca para quem estuda ou trabalha à noite, já que a casa fica vazia no horário de energia mais cara.

Escolha errada? Conta pode subir bastante

É importante avaliar bem o consumo de energia de sua casa, porque se fizer a opção errada, a conta pode acabar subindo bastante. Segundo a Proteste, em relação à tarifa convencional (aquela que vale hoje e que não tem variação):

no horário de pico: o preço pode subir até 83%, dependendo do Estado;

no horário intermediário: a tarifa pode ser até 20% mais cara;

no horário fora de pico: a tarifa deve cair 16%.

Como faço para aderir à tarifa branca?

Procure a concessionária de energia da sua região (Eletropaulo, Light, CPFL, Cemig, entre outras) por telefone ou em um posto de atendimento. A empresa terá 30 dias para instalar na sua casa, gratuitamente, um aparelho que mede o consumo nos diferentes horários.

Se eu mudar de ideia, posso voltar atrás?

Sim, pode, mas só depois de 30 dias. Procure a empresa e informe que quer voltar à conta de luz convencional. Agora, se mudar de ideia mais uma vez e quiser adotar novamente a tarifa branca, precisará esperar mais 180 dias.

Governo diz que sistema será mais eficiente

A tarifa branca foi criada para tentar desafogar o sistema elétrico brasileiro nos horários de pico e tornar a rede mais eficiente, de acordo com a Aneel.

Henrique Lian, diretor da Proteste, explica que as empresas distribuem a energia igualmente ao longo do dia. Por isso, há períodos em que sobra energia e outros em que o gasto fica perto do limite de capacidade do sistema.

Para evitar que esse limite seja ultrapassado e falte energia no horário de maior uso, as empresas precisam investir na expansão da rede, mesmo que, em parte do dia, o consumo fique muito abaixo da energia disponível. Caso as expectativas do governo se confirmem, as companhias poderão adiar esses investimentos.

Adesão deveria ser obrigatória, diz associação

A Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) diz que as novas regras podem desequilibrar as contas das empresas por não ser obrigatória. Para a entidade,o vaivém entre tarifa branca e convencional deve jogar os custos para cima. Além disso, só os consumidores que tiverem redução na conta optariam por aderir ao modelo. Fonte UOL.

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