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quinta-feira, abril 25, 2024

Encontro debate plano de atuação em possível enchente no Vale do Juruá

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Nos últimos anos, é possível observar a predominância de eventos extremos na bacia da Amazônia Ocidental. Em 2014, por exemplo, o Rio Madeira registrou uma cheia histórica sem precedentes, enquanto o Rio Acre, em 2015, desafiou os sistemas de previsão e modelagem hidrológicos. Neste ano, o Rio Juruá desabrigou milhares de acreanos.

Para se antecipar aos fenômenos e traçar estratégias de atuação em 2017, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Agência Nacional de Águas (ANA) e Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), realizou nesta segunda-feira, 11, a reunião de trabalho pré-cheia, em Cruzeiro do Sul.

O encontro reuniu representantes das Defesas Civil dos municípios do Juruá, Corpo de Bombeiros e demais instituições ligadas à gestão de riscos ambientais e dos recursos hídricos no auditório do Centro de Educação Profissional (Cedup).

“A Comissão Estadual de Riscos Ambientais, como nos anos anteriores, iniciou os trabalhos de pré-cheia. Reunimos no Juruá os principais gestores da área para discutir, com base nas previsões, as providências que devem ser tomadas de maneira preventiva em possíveis inundações dos rios desta região”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus.

Vera Reis, diretora técnica do IMC explica os desdobramentos da reunião. “Fortalecemos o trabalho integrado entre o Estado e os municípios, no apoio a gestão de riscos, construindo alternativas de apoio, como a presença de leituristas [responsáveis pela medição dos rios] nas áreas de difícil acesso, como Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Moa. Surgiu ainda a ideia de criar uma sala de situação nas regionais e capacitação dos representantes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Municipal”, salientou a gestora.

Previsão

De acordo com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a previsão para o trimestre – dezembro, janeiro e fevereiro – são chuvas acima da média para todo o estado. Ocasionadas por influencia do evento La Niña, que tende a aumentar o volume de precipitações em toda a Região Amazônica.

“Serão chuvas volumosas e podem gerar alguns transtornos. Não esperamos uma cheia como foi a de 2015, mas poderemos ter uma nova alagação em 2018. Tudo isso por influencia do La Niña, que está atuando com baixa intensidade. Contudo, influencia no clima da Amazônia”, frisou meteorologista do Sipam, Luiz Alves.

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