Circula nas redes socais um áudio do ex-deputado Márcio Bittar (PMDB) em que o mesmo, supostamente responde à críticos da candidatura de Gladson no campo da oposição.
No áudio vazado, Márcio expõe um certo ‘desânimo’ com o pré-candidato ao governo perpassando a oposição.
“Vamos nos animar. A gente ficar o tempo todo ruminando… Nós não vamos chegar a lugar nenhum… Gladson não é nem de perto o candidato que eu gostaria de ter, mas é o candidato que eu tenho para derrotar o PT”.
Infelizmente o áudio não permite saber quais são as críticas dirigidas a Gladson e quem as fez, mas deixa absolutamente claro o pensamento da oposição: ‘não temos um bom candidato, mas é o que temos para derrotar o PT.’
É só mais uma variante da verdade, ao menos até agora, imutável em relação à oposição acreana: ‘Não temos um projeto para o estado. Nosso projeto é derrotar o PT. E ponto final’
Mas, se nos basearmos nas críticas que já circulam dentro e fora do campo político, é possível imaginar algumas, como por exemplo, sua inconstância e dificuldade em cumprir com as promessas feitas aos aliados. Fora do campo político, mesmo no Juruá, sua base eleitoral, a imagem carismática construída por Gladson começa a desmoronar. Do memso modo que uma figura de papelão não resiste à chuva, especialmente às acreanas, o marketing político de Gladson não tem resistido à exposição de ‘muro baixo’ que é uma característica da política no Acre. Em um evento político Porto Walter, por exemplo, ficou evidente que o encanto do sorriso fácil não se mantém sequer entre o trajeto entre o palanque o carro.
Mesmo entre aqueles que almejam uma ‘alternância de poder’ como justificativa para o voto em Gladson, já questiona-se ao preço a ser pago por isso quando sua capacidade administrativa for posta à prova.
Elogios à Temer
Dono de fazendas em sena Madureira e no Mato Grosso, Márcio Bittar é um entusiasta das reformas trabalhista e previdenciária.
Contra as leis trabalhistas, repete uma inverdade comum: de que a CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas seja de ‘inspiração fascista’. Trata-se de uma crítica fundamentada especialmente no pensamento liberal burguês do rio e SP. Segundo estudiosos* da questão, a CLT, apenas igualou os direitos da classe dos trabalhadores brasileiros aos direitos já adquiridos no dito ‘mundo civilizado’ (Europa e EUA). A CLT não criou novas leis. Consolidou conquistas trabalhistas como: a jornada de oito horas diárias, o repouso semanal remunerado, a remuneração dos dias feriados, a pausa para alimentação, as férias, a fiscalização contra acidentes, o adicional de insalubridade, a proibição de discriminar no emprego mulheres casadas ou grávidas, a licença-maternidade, a estabilidade no emprego depois de dez anos – abolida depois do golpe de 64 – e, sobretudo, a instituição do salário mínimo. Conquistas que Bittar é contra.
Pecuarista, e político, Bittar também defende a reforma previdenciária, extinguindo o que ele chama de ‘privilégios’ de professores e servidores públicos. Esse é o posicionamento político do candidato do MDB ao senado.
Ouça o áudio:
*Sobre a CLT, leia as matérias:
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