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Presente de Natal! Ilderlei Cordeiro pede, e Câmara Municipal aprova aumento de impostos para Cruzeiro do Sul

EM CRUZEIRO DO SUL, VEREADOR TENTA AGREDIR JORNALISTA QUE TENTAVA FAZER COBERTURA DE SESSÃO PARA AUMENTAR IMPOSTOS

O prefeito Ilderlei Cordeiro (PMDB/PP) pediu e a Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul aprovou, na noite terça-feira (19), em sessão polemica, marcada por bate boca e agressão a jornalista, mais impostos para a municipalidade. O projeto de autoria do poder executivo, que é parte da revisão do Código Tributário do Município, cria a taxa de coleta de lixo urbano.

O imposto a ser pago vai ser calculado pela prefeitura a partir de um preço pelo quilo do lixo. O valor que inicia em R$ 30 e pode chegar a ser bem caro para comerciantes e donos de oficinas, que trabalham com maior peso de resíduos sólidos. O projeto foi aprovado na Câmara com 9 votos a 3, uma ausência e a abstenção regimental do presidente Romário Tavares, que pelo regimento não vota, exceto, em caso de desempate de votações. O novo imposto deve entrar em vigor após sua publicação oficial.

DE COSTA PARA SOCIEDADE

A Câmara Municipal da segunda maior cidade do Estado, Cruzeiro do Sul, se porta de maneira vergonhosa. Vereadores virados de costas para a sociedade, aprovam sem consulta previa, aumento de impostos para a população cruzeirense. O curioso, é que parlamentares eleitos pelo voto popular não querem dar satisfação à sociedade que os elegeu, e pretendiam manter em sigilo a criação dos novos impostos.

O prefeito Ilderlei Cordeiro (PMDB/PP), que pretende terceirizar a coleta de lixo urbano do município para uma ONG, mandou para a câmara a criação de uma taxa de coleta de lixo urbano. Segundo informações a prefeitura pretende cobrar pela coleta de lixo, feita em Cruzeiro do Sul, para arrecadar dinheiro e cobrir os gastos com a ONG que fará o serviço, algo em torno de 2 milhões de reais mês. Quando o serviço for terceirizado, será pago esse valor para a ONG/empresa que prestará o serviço de limpeza pública. O projeto que foi votado na noite desta terça feira (19), cria uma taxa que varia de R$ 30 à R$ 150 (reais) a cada mil quilos de lixo urbano coletado.

O ACORDO

Os vereadores aprovaram o projeto, como parte de um acordo com o prefeito Ilderlei Cordeiro, para que o prefeito aumente os repasses da câmara municipal, de 3,5 para 5,7 milhões em 2018. A ideia era aprovar sem que a sociedade soubesse da votação.

Com o aumento do repasse, a câmara pretende criar 14 assessorias de R$ 1.600,00 (reais) cada, recriar a polemica cota de combustível, para que cada vereador possa ter 70 litros de combustível para abastecer o próprio carro toda semana. Com o aumento do repasse, a câmara pretende criar mais três vagas de vereadores ainda em 2018. Nesse caso três suplentes assumiriam os mandatos. Para a criação das novas cadeiras de vereadores, a camara aguarda parecer do Tribunal de Contas do Estado – TCE.

A AGRESSÃO

O jornalista Richard Silva, do Portal Juruá em Tempo, foi a sessão da noite desta terça feira (19), para fazer a cobertura Jornalística da votação. Mas, foi impedido de fazer seu trabalho, por um funcionário da prefeitura, que se apresenta como assessor do vereador Marivaldo Figueiredo (PMDB), de nome Estevão Silva Junior. Não bastasse isso, o vereador Marivaldo Figueiredo (PMDB) que já havia agredido verbalmente da tribuna o jornalista, por pouco não o agrediu fisicamente. Foi contido por populares.

O fato torna-se mais grave ainda, porque Richard Silva, foi agredido, dentro da Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul ao fazer seu trabalho, como jornalista, de tentar registrar sessão em que os vereadores aprovaram aumento de impostos para a população cruzeirense.

O PLACAR DA VOTAÇÃO

Os Vereadores Lucila Brunetta (PMDB), Chaguinha Silva (PDT), Mazinho Omar (PMDB), Marivaldo Figueiredo (PMDB), Elenildo da Pesca (PP), Ocenir Maciel (PDT), Clodoaldo Rodrigues (PR/PP), Antônio Cosmo (PMDB) e João Keleu (PDT) votaram a favor. Leandro Candido (sem partido), Franciney Melo (PT), Ronaldo Onofre (PDT) votaram contra. Mariazinha Soriano (PHS) ausente, e Romário Tavares (PMDB), presidente, não votaram.

CAIXA PRETA

No caso da agressão ao Jornalista, há algo mal explicado. O que estariam os vereadores querendo esconder além da votação? Correm rumores pela cidade, pelos escritórios de contabilidade… definitivamente, há algo de podre no reino da Dinamarca.

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