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TCE/AM diz que obra contratada com ETAM, da família de Gladson, tem superfaturamento de 30 milhões e susta pagamentos

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas suspendeu o contrato da empresa ETAM, de propriedade de Eládio Cameli, pai do senador Gladson Cameli e principal financiador de suas campanhas políticas. A suspeito do TCE é que tenha havido superfaturamento na ordem de 26 milhões de reais firmados em 2012 entre a empresa ETAM e a Secretaria de Estado de Infraestrutura do Amazonas durante o Governo de Omar Aziz para a construção de um corredor exclusivo para ônibus em Manaus-AM.

A ETAM também foi citada em delação premiada de Antônio Cumplido, ex-executivo da Camargo Correia. Segun o delator, a ETAM teria atuado como uma espécie de ‘laranja’ da Camargo Correia durante a construção da ponte sobre o Rio Negro.

Os pagamentos do contrato da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) com a Construtora Etam Ltda., firmado no governo Omar Aziz, em 2012 para a construção do corredor exclusivo de ônibus da Avenida das Torres, foram suspensos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), por medida cautelar. Segundo o tribunal, há suspeita de superfaturamento no valor de R$ 26,9 milhões.

O despacho assinado pelo conselheiro Alípio Reis Firmo Filho foi publicado no Diário Oficial do TCE no dia 21 de dezembro. Segundo o documento, foi constatada a existência de serviços com quantidades superiores às identificadas no projeto básico e serviços com preços acima dos descritos na tabela de Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), que é referência de preços para obras rodoviárias.

Ainda segundo o conselheiro, o contrato 077/2012 teve seis termos aditivos (quando o contrato é prorrogado), dos quais dois foram com acréscimos de valores, no montante de R$ 38,2 milhões, sem apresentação e justificativas dos critérios utilizados para o reajuste, “bem como da não apresentação em sua totalidade das composições de custo de novos serviços e ainda a existência de impropriedades”.

A adoção da medida cautelar aponta para a necessidade de evitar que uma “situação de difícil reparação se concretize, em vista do perigo na demora da tramitação processual”.

Etam foi citada em delação envolvendo o senador Eduardo Braga

A Construtora Etam foi citada na delação premiada de Arnaldo Cumplido, ex-executivo da Camargo Corrêa, como intermediária no pagamento de propina para o senador Eduardo Braga. Segundo o delator, em troca, o ex-governador atuou para facilitar que a empreiteira conquistasse o contrato para construir a ponte sobre o Rio Negro.

O consórcio que construiu a ponte era formado pela Camargo Corrêa e Construbase. Segundo Cumplido, os pagamentos periódicos ao ex-governador eram feitos por meio da Etam, inicialmente uma subcontratada, mas depois cessionária do contrato.

Leia matérias completas aqui:

http://amazonas1.com.br/amazonas/tce-aponta-superfaturamento-em-contrato-firmado-no-governo-omar/

e aqui:

TCE vê superfaturamento de R$ 26,9 mi e suspende pagamento de obra da Seinfra

 

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