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quinta-feira, abril 25, 2024

Temer cancela verba para ponte em Rodrigues Alves para usar em publicidade de seu governo

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Com apenas 9% de aprovação, o governo Temer tenta fazer mais um movimento desesperado apelando à publicidade para tentar melhorar esse quadro. O problema é que, para mobilizar recursos para mais essa ofensiva publicitária, o governo optou por cortes orçamentários em outros setores.

Uma das obras atingidas pelo corte é a ponte sobre o rio Juruá que beneficiaria o município de Rodrigues Alves, cujo orçamento no valor de R$16 milhões já estava previsto.

A portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), de 10 de abril de 2018, abriu crédito suplementar no valor de R$ 260,21 milhões em favor da Presidência da República e dos Ministérios da Agricultura, do Esporte, da Integração Nacional e do Turismo, sendo que 80,33% desse valor – R$ 209 milhões – estão sendo direcionados à comunicação institucional e publicidade do governo.

Para a abertura de crédito para a publicidade, o governo de Michel Temer cancelou R$ 264,13 milhões de outras áreas. A Região Norte ficou desfalcada de R$ 45,81 milhões. Uma destas foi a ponte de Rodrigues Alves. Verbas para ramais do INCRA foi cortada, para que o governo faça campanhas publicitárias para elevar a aprovação do presidente.

Do total de cancelamentos feito pelo governo, mais da metade destinava-se à construção e manutenção de estradas, portos e aeroportos Brasil afora. Dos R$ 141,7 milhões suprimidos do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação civil, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ficou sem R$ 77 milhões; do setor de transporte aquaviário foram cancelados R$ 34,4 milhões e o corte da aviação civil chegou a R$ 11 milhões que tinham sido aprovados para construção, reforma e reaparelhamento de aeroportos e aeródromos regionais.

Opinião: O Olhar político

Apesar de se declarar ‘surpreso’ com a medida e prometer envidar esforços juntamente com outros parlamentares da amazônia para reverter a decisão de Temer, é necessário apontar, em que medida o senador Gladson Cameli, bem como aqueles que tem servido como base de sustentação ao governo Temer são co-responsáveis, tanto pela pífia aprovação, quanto pela medida publicitária desesperada.

Isto, porque, se é verdade que Temer se elegeu a partir da mesma chapa que Dilma Roussef, é igualmente verdade que sem a mobilização ativa de parlamentares a qual Gladson se somou, ele jamais ocuparia o cargo em questão. E não se trata apenas do cumprimento formal de um dispositivo constitucional em que o vice assume. Trata-se da sustentação que vem sendo dada pelo grupo de parlamentares da qual Gladson faz parte, apoiando-o, inclusive em medidas impopulares como a reforma trabalhista e previdenciária, e mais ainda: garantindo sua permanência mesmo após as reiteradas denuncias de participação em crimes do colarinho branco.

O governo Temer é de fato um ‘desastre’, como atesta a reprovação recorde. Mas não está aí ‘por acidente’, e nem muito menos por escolha popular, como querem nos fazer crer o côro dos insensatos quando repetem o mantra ‘quem voto em Dilma, votou em Temer’. Içado ao cargo por um golpe parlamentar, Temer ocupa o cargo ‘por obra e fé’ daqueles que por meio de seus mandatos parlamentares, lhes empresta justamente aquilo que ele não teve: os votos para o eleger.

Com Informações de: A Tribuna

 

 

 

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