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sábado, maio 18, 2024

Redução no preço do diesel vai tirar R$ 1 bi de obras em rodovias

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As medidas adotadas pelo governo Michel Temer para reduzir o preço do litro do diesel em R$ 0,46, a fim de atender à reivindicação dos caminhoneiros, ameaçam retirar mais de R$ 1 bilhão em investimentos no setor de transportes.

Um corte de R$ 368,9 milhões vai afetar 40 obras do programa de transporte terrestre do Ministério dos Transportes.

No Acre, O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Thiago Caetano, informou que as obras da BR-364 não serão afetadas pelos cortes no orçamento da União, realizados pelo presidente Michel temer, para honrar o acordo de subsidiar o preço do diesel. A única obra federal afetada seria a construção da ponte para Rodrigues Alves.

Segundo o gestor do Dnit, o custo da ponte seria de R$ 19 milhões, valor que não será mais disponibilizado neste ano. O órgão terá recursos apenas para licitar a obra que poderá ser iniciada no próximo.
“A obra é anterior a greve dos caminhoneiros. Antes, eles tinham realizado uma espécie de contingência do recurso e agora houve de fato o corte, ou seja, antes havia a possibilidade do recurso voltar para o orçamento, agora, não existe mais, porem foi cortado R$ 19 milhões e ainda existe parte do recurso da ponte, ou seja, consegue abrir a licitação e assinar o contrato esse ano, assim não mudou em absolutamente nada o que havia planejado neste ano. O mais importante é que não houve corte em relação a rodovia”, explicou Thiago Caetano.

Com a eliminação da tributação da Cide—uma contribuição sobre os combustíveis— no diesel, R$ 722 milhões serão retirados de investimentos para conservação de rodovias estaduais, segundo cálculos de secretários de transportes dos estados.

Os mais prejudicados serão São Paulo, que deveria receber R$ 237,6 milhões pela Cide neste ano, e Minas Gerais, que teria o aporte de R$ 149 milhões. Devem perder 40% disso, que é o valor arrecadado com o diesel, conforme o estudo do Consetrans.

Cerca de 45% das rodovias estaduais foram classificadas como ruins ou péssimas na edição de 2017 da pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) sobre a qualidade das estradas.

Foram avaliados 38,4 mil quilômetros de rodovias estaduais —36% da extensão total. Apenas 12% são considerados ótimos.

Com informações: Freud Antunes e A Folha.

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