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MPF e PF cumprem 23 mandados de prisão por fraudes na Saúde

A força-tarefa da Lava Jato deflagrou na manhã desta quarta-feira (4) um desdobramento da Operação Fatura Exposta, a Operação Ressonância, contra cartel e fraude em licitações para o fornecimento de equipamentos médicos e materiais hospitalares para a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro e para o Instituto Nacional de Traumatologia (Into). Os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, presos na primeira fase e soltos meses depois pelo ministro Gilmar Mendes, são alvos de mandados de prisão.

Os agentes também retornam à casa do ex-secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes, para cumprir mandado de busca e apreensão. Policiais estão ainda na residência de André Loyelo, atual diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), parar cumprir mandado de prisão temporária.

De acordo com a PF, “aproximadamente 180 policiais federais cumprem 13 mandados de prisão preventiva; nove mandados de prisão temporária e 43 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e no Distrito Federal”.

Nesta fase, o Ministério Público Federal coloca o foco em grandes multinacionais fornecedoras de material hospitalar, envolvidas em fraudes em licitação e formação de cartel. Em São Paulo, a força-tarefa mira executivos da Philips, com mandado de busca e apreensão na sede da empresa.

Os mandados foram expedidos pela 7° Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

“Outros dados existentes em inquéritos anteriormente instaurados pela Polícia Federal sobre o assunto, bem como elementos colhidos em processos administrativos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também subsidiam a apuração que indica a atuação de uma grande empresa do ramo de fornecimento de materiais e equipamentos médicos no sentido de manter sob influência a diretoria do Into”, diz a PF.

A Polícia Federal ainda diz, por meio de nota, que o “objetivo dessa atuação seria direcionar os vencedores e os valores a serem pagos nos contratos de fornecimento do Instituto. Outras empresas interessadas em participar das licitações precisavam passar a integrar o cartel coordenado por essa grande empresa do ramo para ampliar as chances de sucesso”.

Na ação desta quarta-feira, ainda segundo a PF, são investigadas 37 empresas e os crimes de formação de cartel, corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Informações Jornal  do Brasil.

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