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Cigarro causa 97% dos casos de câncer de pulmão no Acre, aponta Saúde

O cigarro é a causa de 97% dos casos de câncer de pulmão registrados no Acre. A estatística faz parte de um levantamento da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia no Acre (Unacon). Conforme o órgão, os pacientes com câncer de pulmão são fumantes ou fumaram por algum período da vida.

Ontem, Dia Nacional de Combate ao Fumo, várias ações de conscientização foram realizadas em Rio Branco. Entre elas, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Máximo Diogo Magalhães, no Conjunto Jequitibá, promoveu o “Dia” D com diversas atividades, palestras e serviços de saúde. O atendimento vai ser oferecido de 8h às 12h.

Além do câncer de pulmão, os dados da Unacon mostram que o fumo também influencia em casos de câncer de boca, faringe, laringe e esôfago.

Em 2017, a unidade atendeu 18 casos de câncer de pulmão em mulheres e 22 em homens adultos. Ainda no ano passado, a Unacon atendeu dez casos de câncer no esôfago em homens e cinco em mulheres que tinham relação com o cigarro.

Rio Branco tem 24 mil fumantes

A capital acreana aumentou de nove para 17 o número de unidades que tratam em média 10 a 15 pessoas que querem parar de fumar em quatro sessões estruturais. Mesmo assim, Rio Branco a estimativa é que Rio Branco tenha mais de 24 mil fumantes maiores de 18 anos.

Os dados fazem parte do questionário telefônico feito em 2017 pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

O tratamento oferecido na rede pública é gratuito e o tempo de intervenção pode levar de 4 meses a um ano, dependendo de cada fumante.

Ao G1, a gerente da Divisão de Doenças Crônicas, Domisy Vieira, diz que 43% das pessoas que participam efetivamente do grupo de tratamento conseguem parar de fumar. Segundo ela, a pessoa que quiser se tratar deve procurar uma unidade de saúde ou ligar para a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) para saber qual posto mais próximo oferece tratamento.

“Tem alguns fumantes que conseguem reduzir o cigarro já na primeira sessão só com a abordagem cognitiva e orientações e outros precisam do apoio medicamentoso. O número de pessoas que conseguem parar de fumar é bem significativo e estamos dispostos a ajudar todos”, destaca.

A gerente afirma que houve uma redução na taxa de tabagismo na capital acreana. Segundo ela, em 2006 a taxa divulgada pela Vigitel era de 21,2% de prevalência do tabagismo na população rio-branquense. Atualmente, a taxa de fumantes em Rio Branco é de 10,7%.

“Essa redução nos últimos anos é muito significativa e uma consequência da política dos programa de Controle de Tabagismo e também do acesso ao tratamento. O estado disponibiliza isso para que os pacientes tenham a oportunidade de buscar largar o vício. Além disso, a fiscalização da vigilância também é importante na prevenção do tabagismo”, explica.

Portal G1/AC

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