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sexta-feira, abril 26, 2024

“Eu nunca tive ao lado do crime. Do outro lado é diferente”, diz Emylson Farias

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A proximidade do período eleitoral traz para o centro dos debates os temas mais relevantes da plataforma de cada candidato, especialmente daqueles que se propõem a dirigir os destinos do nosso Estado.

Ancorados em metas estabelecidas em seus planos de governo e em argumentos fundamentados nas suas atuações na vida pública, os candidatos tentam convencer o eleitorado como sendo capazes de influenciar e melhorar a vida daqueles que se propõem a representar.

No núcleo do debate no âmbito nacional e local, a Segurança Pública é um dos assuntos mais debatidos.

No Acre, com um candidato a governador e dois a vice-governador tendo suas origens em instituições policiais, o debate se acirra a cada dia.

Filiado ao PDT e delegado de carreira, o ex-secretário de Segurança Pública Emylson Farias é candidato a vice-governador na chapa do petista Marcus Alexandre.

Jovem, nascido em Xapuri, Emylson Farias tem em seu currículo um rol de serviços prestados no combate ao crime organizado e na direção da pasta da Segurança Pública.

O candidato Emylson Farias, em recente entrevista, falou de sua trajetória enquanto operador de segurança pública e trouxe a público questões emblemáticas que envolvem passagens obscuras da vida profissional dos outros dois candidatos. Um candidato ao governo e o outro candidato a vice-governador.

Leia os principais pontos da entrevista.

Delegado, fale um pouco da sua trajetória até aqui.

Nasci numa família bastante humilde em Xapuri, nos idos de 1973. Aprendi a trabalhar logo nos primeiros anos de vida por uma questão de necessidade. Nunca passei fome, mas somente sabe como é realmente viver em dificuldade quem já passou por ela. Apesar do esforço do meu pai e de minha mãe, tudo era difícil.

Fale um pouco dessas dificuldades

O isolamento dos municípios do interior, naquela época, acabava trazendo uma série adversidades. Quem vivia no interior, principalmente na época em que eu nasci, enfrentava necessidades, era muito difícil. O isolamento acabava dificultando. Na época em que eu morava em Xapuri, para você conseguir um exame médico, não era tão simples. Então, quem vive no interior aprende sempre a conviver com as adversidades, tem sempre que estar um passo à frente, tem sempre que estar encorajado, tem que ter determinação, tem que ter comprometimento com as coisas que faz.

O senhor ainda tem raízes em Xapuri?

Toda a minha infância foi em Xapuri. Mas eu tinha meus sonhos. Desde cedo eu sonhava em ser policial. Para conseguir alcançar esse sonho sabia que precisava, como qualquer outro jovem do interior, deixar minha família e ir em busca de estudos. Ainda hoje agradeço a meus pais pelo enorme esforço que fizeram para fazer com que eu e meu irmão pudéssemos estudar fora. Sei que às vezes o sacrifício de meu pai e de minha mãe era tanto que chegava a faltar em casa, mas nos mantinham estudando para que pudéssemos buscar vidas melhores. Os meus pais, até hoje, permanecem firmes na cidade em que nasci.

O senhor se formou aqui no Acre?

Não, eu me formei em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde fiz faculdade de Direito. Durante esse período morava num local muito simples que conhecíamos como “república”. Dividia as despesas com vários outros colegas. Para ajudar a pagar as despesas e a faculdade também trabalhava vendendo consórcios e planos de saúde. Me formei e me casei lá. Minha esposa veio embora comigo para cá. Na época, já tínhamos uma filha. Ainda em Ribeirão, eu e minha esposa trabalhávamos muito, como é sempre comum para os recém-formados que constituem família cedo.

E o retorno ao Acre

Algum tempo depois, voltei para Rio Branco, pois, o Acre é a minha casa e onde me sinto bem. Aqui advoguei por algum tempo, até que fui trabalhar no Ministério Público do Acre. Fui assessor durante um ano e alguns meses. Assessorei os promotores Sammy Barbosa Lopes e Danilo Lovisaro. O primeiro era titular da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial. O segundo era titular da Promotoria do Tribunal do Júri. Naquela época tínhamos inúmeros inquéritos que já dormitavam em prateleiras por conta da não elucidação e da complexidade dos casos do famigerado “esquadrão da morte”. Como assessor já fui me familiarizando com aqueles inquéritos.

E como ingressou na polícia?

Sonhava em ser policial. Além de me dedicar ao trabalho, estudava muito. Não tinha final de semana. A dedicação era integral. Mas valeu a pena. Prestei concurso público e passei para delegado de Polícia Civil, com êxito. Logo que assumi o cargo, trabalhei por um breve período na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Depois fui convidado para comandar a Delegacia Especial de Combate ao Crime Organizado, a Decco.

Como foi esse trabalho na Decco?

Eu fui com a missão específica de esclarecer mais de 100 inquéritos que dormiam em prateleiras. Eram inquéritos de difícil elucidação. Eles tinham como autoria membros do “esquadrão da morte” que atuou numa época, infelizmente, muito sombria para a história do Acre. Naquele período, as instituições estavam fragilizadas. Foi, então, que nós construímos um grupo de promotores, delegados e outros agentes públicos ligados à área da segurança.

E qual era a missão desse grupo?

O de solucionar e concluir os inquéritos que estavam parados há muito tempo. Tinha inquéritos, por exemplo, que existia apenas uma página; em outros casos, os inquéritos tinham somente a portaria; outros, por sorte, já continha um laudo. Nós desse grupo, tomamos conta desses inquéritos e solucionamos inúmeros deles.

Explique quais eram esses casos?

Eram casos muito graves, homicídios praticados com requintes de crueldade. Havia casos, por exemplo, em que pais de família que dormiam com suas esposas e, pelo simples fato de ser um desafeto desse pessoal do esquadrão, tinham suas casas invadidas e eram retirados da cama à força e executados diante dos filhos e esposa com dezenas de disparos de arma de fogo. Era dessa forma covarde que as coisas aconteciam e foi para elucidar esses crimes que deram azo aos inquéritos que eu fui convidado para comandar a Decco.

E o senhor não tinha medo de represálias?

Desde aquela época eu sempre convivi com ameaças de morte. Mas isso é natural, porque quem tem o sonho de ser policial, quem passa num concurso para delegado de polícia, tem que aprender a conviver com isso. Cada ameaça sempre foi, para mim, a certeza de que estava fazendo a coisa certa, porque, na área policial, às vezes você tem que fazer o enfrentamento e o enfrentamento que a sociedade te paga para fazer.

E as ameaças, as intimidações?

Naquela época, e estou falando isso sem nenhuma demagogia, recebia inúmeras fotos da minha filha mandadas por bandidos em forma de ameaça. Esses criminosos faziam montagem de maneira a intimidar, para que a gente parasse com as investigações. Para um pai, isso é muito chocante, isso é muito difícil, mas eu sempre tive convicção de que aquela era a minha missão, de que o Estado me pagava para fazer aquilo como servidor público e que eu tinha que fazer e levar aquilo até o final.

Delegado, há quinze anos você entrava na polícia. Agora, por opção, você entrou na política e reencontra nesse novo momento um personagem conhecido daquele período anterior. Trata-se do candidato ao governo coronel Ulysses, que também é policial. Como foi que vocês chegaram a se encontrar naquela época?

Eu conheci o Ulysses no período em que eu era titular do Decco. Eu trabalhava ao lado e muito próximo do promotor Danilo Lovisaro, que, na época, como eu disse, era o titular da Promotoria do Tribunal do Júri. Ele é um promotor que eu tenho muito orgulho de ter trabalhado ao seu lado, pois é uma pessoa correta, com uma capacidade técnica acima do normal e muito decoroso, uma pessoa que busca sempre a legalidade. Então, como eu disse, eu o conheci ainda tenente.

Como se deu esse encontro?

Naquela época, quando investigávamos um caso específico de homicídio praticado por policiais militares de uma guarnição comandada por ele. A vítima foi executada sobre a ponte do igarapé Iquiri. Quando a investigação já estava bastante avançada, ele nos procurou para dizer que, apesar de comandar aquela guarnição, tinha sido “coagido” para que aquele evento morte acontecesse.

Depois disso, o que aconteceu?

Os demais colegas de farda, salvo engano, mais de seis, todos foram indiciados e processados posteriormente na Justiça. Alguns perderam a farda. Outros foram presos, mas ele dizia que, apesar de comandar na condição de tenente, tinha sido coagido para conduzir aquela situação fatal.

Como a atitude do hoje candidato ao governo foi encarada à época?

Isso foi interpretado pelos colegas de farda como verdadeiro ato de covardia.

O depoimento dele foi decisivo para essas prisões e condenações?

Sem dúvida. A Justiça analisou isso posteriormente e foi o depoimento dele que pesou. Muitos deles perderam a farda, foram presos e ele virou coronel. Os envolvidos jamais esqueceram e debitam ao Ulysses suas prisões e demissões. Segundo eles, jamais esperavam que um oficial fosse “alcagueta e covarde” a ponto de entregar os próprios colegas para tentar se livrar de uma acusação. Na verdade, apesar de ter presenciado e participado no evento, somente pensou nele, na sua carreira e buscou se livrar da participação num crime grave.

A segurança está no centro do debate. Nós temos o senhor como candidato a vice-governador pela Frente Popular, temos outro candidato de oposição a vice ligado a Segurança Pública, e temos um candidato ao governo também da área. O que é que o senhor acha que diferencia o senhor desses candidatos?

Olha, eu já falei um pouco da minha vida, que sempre tive vontade de ser policial, sempre foi esse o sonho na minha vida, sempre foi a causa da minha vida. A minha história está aí. É um livro aberto, todos sabem. Eu nunca saí das ruas. Como eu disse, desde que eu entrei na polícia que eu sou ameaçado. Convivo com isso. Eu nunca deixei de empunhar o colete. Eu nunca deixei de andar pelas ruas desse Estado defendendo a sociedade. Essa é minha obrigação. Agora, o que eu vejo do outro lado não é o mesmo comprometimento, não é a mesma coisa.

O senhor tem algo mais a se diferenciar?

Eu, na condição de delegado de polícia, nunca tive ao lado do crime. Sempre combati o crime. Eu nunca empreguei do meu lado qualquer pessoa que representasse ou que tivesse aliada ao crime ou envolvida com facções criminosas. Do outro lado é diferente. Do outro lado a gente viu e sabe o que aconteceu. Eu sei o que aconteceu. Eu nunca, por uma questão de natureza ética, entrei nesse tipo de situação.

O senhor já foi processado por conduta indevida?

Nunca respondi a nenhum inquérito policial, a nenhum processo e desafio qualquer pessoa, que aponte que durante a minha vida pública qualquer mancha na minha conduta. Eu desafio qualquer pessoa que aponte que eu respondo uma sindicância, a um processo administrativo, a um inquérito policial, a um juizado especial criminal que seja. Eu não tenho.

E os seus adversários?

Já do outro lado, eu não posso dizer a mesma coisa. Tem situações de pessoas que praticaram crimes de tortura, que foram processados, tem pessoas que praticaram outros crimes, empregaram pessoas que praticam crimes e participam de facções criminosas. Agora, recentemente, eu vi que tem pessoas ameaçando outras. Isso está rodando nas redes sociais. Essas pessoas que eu me refiro estão dizendo que se não ficar do jeito que querem estão dispostas a matar ou mandar matar.

Os seus adversários, realmente, estão preocupados com a Segurança?

O que eu vejo do outro lado são pessoas que nunca fizeram nada e agora estão dizendo que vão fazer uma porção de coisas. Olha, eu estou vendo gente que assumiu como comandante-geral da PM, sim, porque na condição de subcomandante assumiu na ausência do titular e não fez nada de relevante. O que essa pessoa fez? O que foi que foi feito? Outro, na condição de parlamentar, não foi capaz de destinar recursos relevantes para mudar a situação da segurança. Quantas viaturas ou motocicletas foram destinadas por esse parlamentar para a segurança? Qual foi sua contribuição para mudar a nossa legislação penal ultrapassada?

Essa pessoa que o senhor cita que foi subcomandante é o coronel Ulysses?

Sim. É ele mesmo.

E essa outra pessoa seria o candidato Major Rocha, vice na chapa de Gladson Cameli?

Sim. O que o candidato Rocha fez pela segurança pública? Fez o quê? Aponte um feito do candidato Rocha pela segurança pública. Agora dê uma olhada para a minha trajetória para ver o que foi feito Quem desse Estado nega que andei pelas ruas, colocando a vida em risco, colocando a vida da minha família em risco para defender a sociedade.

Mas o senhor sabe que essa é uma obrigação sua…

Sei sim. E não estou falando isso para obter mérito. Estou falando porque isso é minha obrigação, como também é deles. Eu estou dizendo que nem todos estão cumprindo seu papel da maneira que deveria ter sido cumprido. Mas hoje a gente começa a enxergar que alguns querem resolver as coisas de maneira muito fácil.

Já que estamos falando do seu adversário, o Major Rocha, como o senhor avalia um profissional da área de segurança, um policial que se vale de sua patente, do seu cargo, para torturar um suspeito e, até mesmo, forjar prova em um inquérito para incriminar uns e livrar a cara de outros?

Olha, nós policiais, militares e civis temos um compromisso primeiro com o princípio da legalidade. Não existe, para nós, nada que devemos fazer que seja fora da lei. Alterar prova é crime e, para policial, é crime mais grave ainda. É crime inaceitável! O policial tem um compromisso com a verdade real. O policial é o exemplo, ele tem que ser o exemplo para a sociedade. Se o policial andar mal, a sociedade anda mal. O nosso compromisso é com a verdade real. No dia em que um policial forjar prova para construir um ambiente que não seja o ambiente real, pelo amor de Deus, o estado democrático de direito começa a ruir. Não dá para gente acreditar, então o policial que não tem uma conduta ética, que não trabalha de acordo com os valores que são previstos nas normas legais, não é digno de ser policial.

O senhor daria ordem de prisão para um policial que comete esse tipo de crime?

Mas não tenha a menor dúvida! Numa situação de flagrante, é minha obrigação imediata. Inovar (alterar) na cena do crime? É voz de prisão na hora! Isso não pode existir. Isso é contra a lei, contra a ética policial e contra a consciência do ser humano mediano.

O Acre passa hoje passando por um momento difícil. O seu desafio agora, em sendo eleito vice-governador, será de usar a política para reduzir esses índices. O senhor considera isso possível?

Só a política pode resolver isso. A polícia do Estado do Acre é a polícia que mais elucida crimes. A polícia do Estado do Acre é a polícia tida como a mais honesta do Brasil. Um dos maiores números de encarceramento, proporcionalmente, é aqui no Estado do Acre. Não falo isso com alegria. Melhor seria se pudéssemos investir o dinheiro destinado às prisões na construção de escolas.

O que o senhor propõe?

A política precisa rever um código do tempo em que o Brasil caminhava a cavalo e à charrete. Não dá mais para conviver com esse estado de coisas. Outra coisa: não dá mais para a gente tolerar, e só a política é capaz de fazer isso, que as nossas fronteiras fiquem abertas ao narcotráfico internacional.

E o que o governo fez?

O que fez o governador Tião Viana no ano passado? Ele trouxe 23 governadores e o staff da Presidência da República para debater esse tema aqui. É preciso coragem para fazer isso. Ele fez isso porque sabe que há aproximadamente três anos essas facções que dominam os presídios e o crime no País, se interiorizaram. A ação dele foi uma ação política. É assim que se usa a política para combater o crime aqui e em qualquer lugar do mundo.

Onde nasceu a principal organização criminosa do País?

São Paulo.

Quem administra São Paulo?

Quem administra São Paulo há mais de 24 anos é o PSDB, do meu adversário.

E por que São Paulo não tem esses índices de homicídios tão altos?

Tem duas coisas que São Paulo faz que impede que esses índices sejam altos por lá. Primeiro: negocia com o crime. O Acre nunca negociou com o crime. Eu já fui ameaçado de morte várias vezes, por quê? Justamente porque aqui não se negocia com o crime. Se eu negociasse com o crime ninguém me ameaçava. Segundo: São Paulo maquia dados. Lá, um evento criminoso, uma chacina com dez mortos, com cinquenta mortos ou com apenas um, é um número só: um evento morte. Desse jeito é fácil reduzir as estatísticas. Em São Paulo, o crime que acontece dentro do presídio, não conta porque eles dizem que não tem como fazer a segurança dentro do presídio. Em São Paulo, confronto policial com infrator não conta como homicídio. Sendo assim, é claro que esses números vão ser bons. É óbvio! São Paulo maquia.

E no Acre?

No Acre, nós trabalhamos com a verdade real. É claro que nós estamos em um momento de dificuldade. Mas isso ocorre por quê? Porque há três anos mudou a geopolítica do crime a partir do assassinato de Jorge Rafaat, em Pedro Juan Caballero. Ele era o rei do tráfico. Era a pessoa que mandava, a pessoa que estava sentada em cima do cofre. Quando ele foi executado por essas organizações criminosas que estão sediadas no centro-sul do Brasil, as rotas ficaram soltas. A partir disso, começou essa busca desenfreada por comandar o tráfico, porque são bilhões que estão em jogo, tudo dinheiro sujo. Agora nós não podemos é ficar é com as nossas fronteiras desguarnecidas do jeito que estão.

O senhor não acha que parte da bancada federal está omissa nessa luta. O senhor foi cobrado recentemente pelo senador Petecão em um pronunciamento no Senado, mas o que vemos é que ele não ajudou em nada durante esse tempo que esteve no Parlamento. O senhor concorda com isso?

Eu respeito o senador da República e respeito o cargo que ele ocupa, mas há alguns anos, nós tivemos um evento que ocorreu lá em frente a uma casa de propriedade do citado político, em que se dizia ter ocorrido um atentado contra essa pessoa. A perícia foi lá e descobriu-se que não havia ocorrido atentado nenhum. Ficou tudo claro, tudo esclarecido e o inquérito foi arquivado. Essa pessoa era o senador Petecão. Mas esse é só um caso a relembrar.

Os recursos chegaram ou não?

Até hoje nunca chegou um centavo de emenda parlamentar destinada por ele para a Segurança Pública. Segurança é responsabilidade de todos. Quem diz isso é o texto constitucional. É obrigação do Estado e responsabilidade de todos. O que a gente quer é que todos estejam unidos para que a gente possa promover e fazer a travessia para esse momento difícil da segurança pública do Brasil. Eu não estou dizendo que o Estado do Acre é o melhor Estado, estou dizendo que o Estado do Acre faz seu dever de casa e muito bem-feito. O que nós estamos falando agora é que a gente está aguardando, esse tempo inteirinho, que o governo federal cumpra com sua parte resguardando as fronteiras, pois é através das fronteiras que o crime se fortalece no País. O Acre tem mais de dois mil quilômetros de fronteiras. Isso já está dito em verso e prosa. O problema é que a gente já está ficando rouco de tanto falar e não vê a resposta da União numa omissão criminosa. Nós vamos criar o Comando Operacional de Fronteira e isso já está posto no nosso plano de governo. E porque não criaram antes, alguém pode perguntar. Porque as situações de facções, como eu disse, começaram a ocorrer nos últimos três anos e não é essa a nossa atribuição, não é uma responsabilidade nossa. Só que nós vamos fazer porque a União se recusa a assumir sua responsabilidade.

Com informações do Jornal Página 20.

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