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sábado, abril 20, 2024

Dobra a quantidade de droga apreendida pela PRF no Acre

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Desde que o Acre entrou no mapa da rota do tráfico de drogas e do contrabando de armas, que uma onda de violência explodiu nas cidades fronteiriças nos últimos três anos. As cidades acreanas que ficam na região de fronteira seca com os países andinos (Bolívia e Peru), foram transformadas em centros de distribuição das três facções que operam da região da Amazônia Ocidental.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu quase 484 quilos de cocaína e quase 46 quilos de maconha, enquanto no ano passado ficaram em torno de 228 quilos de coca, que corresponde por um crescimento de mais de 100% em comparação com o ano passado. Durante as operações de rotina nas rodovias BR-364 e BR-317, segundo o superintendente da corporação, Nevton Nelis, os patrulheiros apreenderam 25 armas, prenderam 45 foragidos da Justiça e recuperaram 35 veículos roubados.

No ano passado as equipes da PRF apreenderam 12 armas de fogo e 14 veículos. A intensificação da fiscalização das fronteiras, segundo Nelis, tornou-se motivo de preocupação dos governos da região Norte. Com a repressão dos cartéis do narcotráfico na Colômbia, os criminosos migraram para o Peru e a Bolívia.

O governador eleito Gladson Cameli (Progressista-AC), deve aproveitar a reunião com o novo presidente Jair Bolsonaro, para pedir apoio ao governo federal para aumentar o efetivo das Forças de Segurança na região de fronteira. Com um pequeno efetivo de 55 agentes, enquanto o ideal seria de 159 policiais para patrulhar uma extensa fronteira, a PRF vem fazendo milagre para coibir o tráfico e o contrabando de armas na região.

A corporação, no entanto, precisaria de um efetivo de 18.161 homens, mas conta com apenas 10.029 policiais para patrulhar todo o território nacional. “Contamos com um déficit na corporação que já ultrapassa os oito mil homens, mas no Acre chega em torno de 35% do nosso efetivo”, lamentou o superintendente.

O principal gargalo da segurança pública no Acre é o baixo efetivo policial e o crescimento desordenado da população carcerária. Um levantamento de 2017, que teve como base os relatórios encaminhado pelos estados à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), apontou que o gasto per capita do Acre, com a segurança no Acre girava em torno de R$ 682,71, enquanto Roraima chega aos R$ 762 por pessoa.

Cezar Negreiros

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