A movimentação nos cemitérios de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, começou cedo neste Dia dos Finados (2). Às 6h, teve celebração da Santa Missa na Catedral de Nossa Senhora da Glória e, após o encerramento, cerca de 400 pessoas saíram em procissão até o cemitério São João Batista.
Entre as pessoas que visitavam os entes, estavam idosos que ano após ano mantém a tradição de visitação aos falecidos. A expectativa é que entre 25 a 30 mil pessoas visitem os dois cemitérios da cidade.
Membro da Pastoral do Dízimo na paróquia, Luiz Carlos de Oliveira fala da importância da procissão.
“Todo ano a igreja realiza a celebração da missa do Dia dos Finados na Catedral. Depois da missa, o padre convida os fiéis a caminharem até o cemitério para juntos rezarmos pelos falecidos. Essa procissão ocorre todo ano depois o padre faz uma pequena celebração e oração no Santo Cruzeiro pelos mortos”, disse.
Entre as pessoas que visitaram o cemitério logo pela manhã, estava a aposentada Maria Jardelina de Oliveira, de 77 anos.
“Faço essa visita há muitos anos. Antes vinha devido os parentes e amigos. Aqui estão meus pais, irmãos e marido. É um dia de muita recordação. Quando chega na véspera já estou preparada para a visitação. Logo de manhã venho cumprir minha missão. Depois vou dedicar o dia em casa, fazer almoço e também rezar”, contou.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/U/9/RRTcD8SGeePrXughNTZQ/visitacao1.jpg?w=696&ssl=1 "Familiares foram visitar os entes queridos nos cemitérios de Cruzeiro do Sul — Foto: Adelcimar Carvalho/G1")
Familiares foram visitar os entes queridos nos cemitérios de Cruzeiro do Sul — Foto: Adelcimar Carvalho/G1
Outro que também esteve cedo em visitação foi o idoso João Lopes de Aragão, de 80 anos. Segundo ele, visitas aos entes falecidos são frequentes.
“Já visitei meus familiares. Aqui estão sepultados minha mãe, sogra, filhos e irmãos. Todos os anos tenho essa rotina de vir acender velas nas sepulturas deles. Acendo velas pelo costume, mas o que importa é a visita para lembrar das pessoas que viveram muitos anos conosco”, disse.
O aposentado falou que as visitas amenizam a saudade e a dor da perda. “Minha mãe era a pessoa que eu mais gostava na vida, todos os domingos ia visitar, abraçar, beijar e cuidar. Depois que ela morreu, passei a vir aqui no cemitério. Não venho só no Dia de Finados. Sempre que tenho saudades me arrumo e venho aqui ficar um pouco com ela”, acrescentou.
Equipes da prefeitura trabalharam durante uma semana na limpeza, remoção de lixo e entulho e além da pintura de espaços para que os visitantes se sintam melhor acolhidos nas visitações.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/y/s/DUSw6pQlABC0j2DINjHg/visitacao3.jpg "Comerciantes aproveitam para vender flores nessa época — Foto: Adelcimar Carvalho/G1")
Comerciantes aproveitam para vender flores nessa época — Foto: Adelcimar Carvalho/G1