Com a saída dos cubanos do programa Mais Médicos, três municípios acreanos vão ficar sem nenhum médico na atenção básica de saúde. Os dados foram repassados, nesta terça-feira (20), pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
Na última quarta (14), o governo de aviva anunciou a decisão de deixar o Mais Médicos, citando “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no Brasil.
Ao todo, o Acre deve perder 104 profissionais que atuam em 20 municípios acreanos e dois distritos indígenas. Segundo a Saúde, o efetivo representa 63% dos médicos atuando pelo programa no estado.
Conforme os dados, as cidades de Feijó, Manoel Urbano e Porto Walter, vão ficar sem nenhuma equipe da atenção básica com a saída dos profissionais cubanos. Em Feijó estão sete médicos cubanos, em Manoel Urbano quatro e em Porto Walter também quatro.
Outros cinco municípios acreanos devem contar apenas com um médico na atenção básica com a saída dos cubanos do programa. Entre eles estão Xapuri, Santa Rosa do Purus, Marechal Deodoro, Mâncio Lima e Assis Brasil.
Cubanos pararam atividades no Acre
A referência descentralizada do Ministério da Saúde para o Programa Mais Médicos no Acre, Leila Maria, informou que os médicos cubanos pararam as atividades a partir desta terça-feira (20) e o primeiro voo para deixarem o estado está marcado para o dia 23 de novembro.