Um grupo de artistas se reuniu para protestar na manhã desta terça-feira (18) contra a suposta extinção da Fundação Cultural Elias Mansour (FEM). O protesto ocorreu na frente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) e os manifestantes relataram que o novo governo eleito mostrou a intenção de parar o funcionamento da FEM para reduzir gastos.
A assessoria do governador eleito, Gladson Cameli, afirmou que não há nenhuma intenção de extinguir a FEM e reiterou que todas as fundações, autarquias e empresas públicas vão ser mantidas e que as informações relacionadas a extinção são falsas.
“O futuro governo levou para a Aleac a proposta de reforma. Nós da cultura fomos ao local devido à ventilação de informações de que haveria a extinção da FEM. Mesmo que a extinção não ocorra nesse primeiro momento, isso seria feito mais adiante. Nós somos totalmente contrários a isso, pois cortar a cultura é negar a memória do povo acreano”, afirma Lenine Alencar, presidente do Conselho Estadual de Cultura do Acre.
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Alencar destaca ainda que, enquanto Conselho de Cultura, ficou aguardando um convite da equipe do futuro governo para um diálogo, mas não houve o debate sobre a área cultural.
A expectativa é que nesta terça (18) seja votada a proposta de reforma do governador eleito pelos deputados da Aleac. Cameli propôs a redução no número de secretarias estaduais de 22 para apenas 14 pastas e dez assessorias especiais. Além disso, ele deve extinguir 1,3 mil cargos para economizar R$ 90 milhões por ano no Acre.
“Somos de um movimento cultural e temos o direito de reivindicar aquilo que é direito do povo do Acre e garantir o respeito a sua memória e tradições. Esses cortes significam não ter uma gestão específica de cultura, você reduzir o estado e ter uma problemática de violência, educação fadada ao erro. Sem a gestão e recursos para a cultura é como se andássemos para trás”, complementa Alencar.
Com informações do Portal G1.

