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quarta-feira, abril 24, 2024

Com risco de desbarrancamento, famílias são obrigadas a deixar casas

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Depois de uma redução de quase um metro no nível do Rio Juruá, a Defesa Civil de Cruzeiro do Sul passou a monitorar as regiões do município onde o barranco corre risco de desmoronar e levar as casas que ficam nas encostas.

Em pelo menos quatro bairros existe o perigo para moradores que podem ter que deixar suas moradias definitivamente.

Depois de desabrigar 29 famílias por conta da cheia que chegou a cota de 13,56 m, superando a cota de transbordo que é de 13 m, o Rio Juruá pode obrigar outros moradores a ter que deixar suas casas.

Com a vazante, o rio chegou a 12,57 metros nesta quarta-feira (6). O desbarrancamento nas encostas do manancial coloca em riscos famílias de parte do bairro Miritizal, Boca do Moa, Olivença e da Várzea.

Neste último bairro, pelo menos 20 famílias estão morando a menos 1 metro do rio. De acordo com a Defesa Civil, uma família já teve que sair do local e não deve retornar por conta do risco de desbarrancamento.

“Essa família era que estava mais próxima do barranco e foi levada para o aluguel social e nosso trabalho está sendo para que ela não retorne mais. Até porque, se voltar para cá, nós não vamos dormir tranquilos porque essa casa a qualquer momento pode ser levada pelo desbarrancamento”, disse o chefe do Departamento de Administração e Desastre da Defesa Civil, Manoel Melo.

Para abrigar as famílias das áreas de risco, a prefeitura deve providenciar uma área de terra em outro bairro da cidade. No entanto, muitos moradores afirmam que preferem encarar o perigo do que sair do local onde vivem.

É o caso da aposentada Maria Lucimar da Silva, de 62 anos, que mora na Várzea com o esposo há quinze anos.

“Se o barranco começar a levar a casa, aí a gente dá um jeito de ir para outro canto. Mas, até agora, graças a Deus, não. Aí embaixo eu planto jerimum, melancia, planto de tudo”, alegou a aposentada.

Por Mazinho Rogério
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