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sexta-feira, abril 26, 2024

FNQ confirma que o Sebrae Acre está entre os cinco melhores do país

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Organização avalia que se os indicadores continuarem crescendo, em breve a instituição será a melhor do Brasil

 

O Sebrae Acre está de fato entre os cinco melhores do Brasil, conforme revelou, na semana passada, o diretor-superintendente da instituição, economista Mâncio Lima Cordeiro, que está se despedindo do cargo com toda sua diretoria. A classificação posiciona a instituição local à frente de seus similares instalados em estados maiores e economicamente melhores posicionados que o Acre. O atestado de que o Acre detém o quinto melhor Sebrae do país, confirmando o que foi divulgado por Mâncio Lima Cordeiro, foi dado nesta semana pela Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), uma organização criada em 1991, sem fins lucrativos, e fundada por 39 organizações, privadas e públicas, com o de disseminar os Fundamentos e os Critérios de Excelência em Gestão para organizações de todos os setores e portes, contribuindo para o aperfeiçoamento da gestão, o aumento da qualidade no atendimento de sua clientela.

De acordo com a FNQ, esse salto foi possível para o Sebrae do Acre graças à aplicação de um Modelo de Excelência em Gestão, conhecido pela sigla MEG, em 2017, que consiste na observação de observa oito critérios avaliados: Liderança; Estratégias e Planos; Cliente; Sociedade; Informações e Conhecimentos; Pessoas, Processos e Resultados. Neste 5º ciclo do Programa Sebrae de Excelência de Gestão (PSEG), o Sebrae no Acre avançou 20,7% e obteve uma pontuação de 562,25 garantindo uma colocação entre os melhores do Brasil e como o melhor da Região Norte.

“Se a avaliação de 2018 tivesse os mesmos parâmetros de 2017 o Sebrae no Acre poderia ter saltado para a faixa 7”, avalia Mâncio Cordeiro. “Os eixos potencializadores que fizeram a diferença neste ciclo foram a estrutura organizacional ágil e flexível, a governança, a transparência, a atuação estratégica nas redes, a interação da Direção com as partes interessadas, a construção participativa do Direcionamento Estratégico, a forte atuação na construção do ambiente de negócios, a avaliação de desempenho de pessoas e equipes, o ambiente para inovação e experimentação, os kits de processos e o comprometimento de força de trabalho”, enumera Cordeiro em entrevista para uma publicação interna da instituição a qual não chegou a ser impressa..

Neste ciclo, o Sebrae no Acre alcançou cinco exemplos de Boas Práticas – o kit de processos, o café com a diretoria executiva, o direcionamento estratégico, a Startup Sebrae e o SebraelabUfac – elevando para sete o número de boas práticas indicadas pela FNQ. Os resultados mereceram comemoração por parte da diretoria e de colaboradores. A economista Soraya Neves de Menezes, analista do Sebrae no Acre há 27 anos, diz que o novo direcionamento estratégico foi o ponto preponderante para posicionar a organização no patamar atual. “Foram quatro anos de construção, mapeando os processos para identificar os gargalos e fazer os ajustes necessários. Antes, não tínhamos este mapeamento, o processo emperrava na relação entre o setor técnico e o administrativo”, disse.

A também economista Ruama Araújo atribuiu o sucesso dos resultados à liderança do diretor-superintendente Mâncio Cordeiro. Gestora de Atendimento da região do Baixo Acre e Purus, que inclui o posto da OCA, o SebraeLab e o SebraelabUfac, Ruama lidera 34 colaboradores e estagiários e atende a uma clientela de 10 municípios.

Mâncio Cordeiro funcionou como condutor rumo ao topo do ranking da FNQ, avalia economista

“Ele pegou o cajado e disse: vamos nesta direção. Fomos todos participar do planejamento estratégico. Sem isso a gente não ia parar para pensar nisso. Nós precisávamos de fluxos para ter dias mais leves, para fazer um serviço mais profissional. Acima de tudo, fomos puxados pela liderança”, acrescentou Ruama, referindo-se ao chefe..

Seu parâmetro de avaliação é a experiência em relação à gestão anterior, quando Ruama começou a trabalhar na instituição. “Antes existia uma divisão entre as áreas técnica e administrativa. Houve uma mudança muito grande nesta cultura através da pessoa do Mâncio”, diz.

A classificação do Sebrae no Acre no grupo das melhores unidades da Federação, diz Ruama, eleva a autoestima de todos os envolvidos na engrenagem e só tende a otimizar a produtividade e o relacionamento entre si e com a clientela. “É um desempenho reconhecido pela FNQ, uma entidade altamente reconhecida e respeitada”, observa.

O reconhecimento vem num momento muito importante, em que o Sebrae sofre ameaças externas bastante graves, de perda de recursos. O futuro superministro da Fazenda do governo Jair Bolsonaro, economista Paulo Guedes, já disse que, no primeiro ano do novo governo, todo o sistema “S”, no qual o Sebrae está incluído, sofrerá um corte de pelo menos 50 por cento em seus orçamentos

O resultado da última avaliação do Sebrae foi divulgado no dia 6 de dezembro, em reunião da Abase (Associação Brasileira dos Sebrae/Estaduais), em Brasília, com a participação das diretoras Sídia Gomes e Rosa Nakamura. A permanência na faixa 6 por dois anos seguidos é motivo de muita comemoração pela Diretoria Executiva.

Mâncio Cordeiro lembra que esta é uma meta que vem sendo almejada desde sua posse, em 2015, quando realizou o Planejamento Estratégico que foi revisado em abril deste ano. “É uma vitória espetacular, que envolve todo o pessoal do Sebrae, da sua capacitação profissional e do esforço de cada um que começou a acreditar no seu potencial”, comentou o diretor.

A estratégia deu certo resultando numa escalada, entre 2016 e 2018, da 9ª para a 5ª posição entre os 22 Estados, excluindo o Sebrae Nacional no topo, em primeiro lugar. Desta forma o Acre está posicionado entre os cinco melhores Estados.

Em abril de 2018, o Sebrae realizou nova reunião do Planejamento Estratégico e fez uma reformulação em busca da excelência para elevar sua pontuação e garantir a presença do Acre entre os melhores e, se possível, subir de faixa. A meta foi alcançada, mas por conta de uma alteração nos parâmetros de avaliação da FNQ para o MEG 21 o Sebrae do Acre não progrediu para a faixa 7. “As alterações realizadas no MEG 21, em dipresente, pois saímos de um modelo para outro”, comentou Mâncio.

Mas, mesmo assim, o diretor considera uma vitória espetacular, pois vários Estados perderam pontos e foram rebaixados. O Sebrae do Acre, entretanto, não só manteve sua posição entre os cinco melhores como ampliou sua pontuação. “É importante registrar que o Sebrae no Acre está ficando tão sólido que, mesmo com a mudança continuamos crescendo enquanto vários estados caíram de faixa. Esta é uma vitória sensacional, pois em oito meses nós fizemos o que os outros ciclos pediam que a gente fizesse em um ano e meio. Se a gente tivesse sido avaliado com a mesma régua do ano passado possivelmente iríamos para o topo com o Sebrae Nacional”, disse Mâncio.

Mesmo de saída do cargo e da instituição, mâncio Cordeiro disse não ter dúvidas de que o Sebrae no Acre ainda tem muito caminho a percorrer, mas agora no rumo de ser o melhor Sebrae do Brasil. “Acho que este é o legado mais importante que deixamos. O legado é cultura, mudança de postura. A pessoas aprenderam a ousar e agora acreditam que podemos ser os melhores. Somos respeitados pelos Sebrae de todo o Brasil. O melhor legado que fica não é o prédio, é o que está dentro dele”, disse Mâncio, referindo-se à sede da instituição, construída sob sua gestão, no valor de R$ 22 milhões, que vem a ser um dos prédios mais modernos do Brasil e programado para oferecer ampla acessibilidade à clientela portadora de todas as limitações físicas. “Aqui, tudo foi pensado com foco no cliente”, acrescentou Mâncio.

 

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