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Rio Branco completa 136 anos de emancipação política e econômica

A grande capital Rio Branco, cenário que abriga as mais inusitadas histórias e lendas sobre os heróis acreanos, aproxima-se de um século e meio de vida. Nesta sexta-feira (28), a cidade completa 136 anos de emancipação política e econômica.

Rio Branco, que se destaca atualmente como a sexta cidade mais populosa da Região Norte do Brasil e também como a segunda capital mais antiga da Amazônia Ocidental, tem uma longa história, que traz dados importantes a respeito de sua fundação.

História

A capital ganhou este nome em homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior, que se tornou amplamente conhecido pelo seu título: Barão do Rio Branco.

De acordo com o professor acreano e historiador, Marcos Vinicius Neves, Rio Branco tem uma das histórias mais lindas que já conheceu: “Nasceu espontaneamente, de um seringal, tendo em vista que outras cidades do estado nasceram de forma superficial, a partir de decisões de governantes”, explicou.

Em 1912 a Vila Pennápolis, que se chamava assim em homenagem ao então Presidente do Brasil, Afonso Pena, teve seu nome alterado para Rio Branco, em homenagem ao diplomata que anexara o Acre ao Brasil. “Muita gente já considerou que essa é a data de fundação de Rio Branco, mas não é verdade. A cidade já existia, na parte antiga, no segundo distrito”, enfatizou.

Maia fundou o seu primeiro seringal, Seringal Volta da Empresa, à margem direita do rio Acre, ao longo da grande curva do rio, onde ainda hoje está a gameleira – no local em que hoje se encontra o Segundo Distrito. Ali foi iniciada a construção de barracões, em terras antes ocupadas por tribos indígenas.

Em seguida, Maia abriu outro seringal, na margem esquerda do rio Acre – onde atualmente está instalado o Palácio do Governo do Acre – com o nome de Seringal Empresa.

“Com a chegada de Neutel Maia e a venda de terras aos comerciantes, o seringal já era considerado um povoado, o que contribuiu para a formação da cidade, mais futuramente”, disse.

Anos depois, a mesma gameleira seria testemunha dos combates travados na Volta da Empresa, entre revolucionários acreanos e tropas bolivianas, durante o crítico período da Revolução Acreana, que tornou o Acre parte do Brasil, no início do Século XX.

Terminada a Revolução Acreana, após a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, e a anexação definitiva do Acre – agora Território Federal do Acre – ao Brasil, Rio Branco foi elevada à categoria de vila, tornando-se sede do departamento do Alto Acre.

A “Villa Rio Branco” afirmou-se como o principal centro urbano de todo o vale do Acre, o mais rico e produtivo do território.

Porém, a partir da década de 1950, teve início um pronunciado processo de decadência econômica da histórica margem direita de Rio Branco, que passou a ser chamada Segundo Distrito. Isso resultou da transferência de boa parte de suas principais casas comerciais para o Primeiro Distrito da cidade, na margem esquerda do rio, onde já estavam instaladas as principais repartições públicas e as residências das mais importantes famílias do território.

Confira as principais imagens da capital acreana:

Com informações da Contilnet.

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