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Em 10 meses, mais de 80 venezuelanos fizeram solicitação de refúgio no Acre

A crise econômica e política na Venezuela fez com que 83 venezuelanos pedissem refúgio no Acre, de acordo com dados do Ministério da Justiça.

Homens, mulheres e crianças forçados a deixarem para trás suas casas, parentes, sonhos. Na bagagem apenas a esperança de uma vida melhor. Ao todo 4,5 milhões de venezuelanos deixaram o país de origem.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entre 2015 e agosto deste ano foram feitas 212 mil solicitações de residência temporária e refúgio de venezuelanos no Brasil. 64 mil são crianças e adolescentes.

Só para ter ideia, de janeiro a outubro deste ano, foram registradas 38.171 solicitações de refúgio na região Norte. A maioria em Roraima: 32.323; em seguida Amazonas: 5.911; depois Rondônia: 301; Pará 86, Acre> 83, Amapá: 9 e Tocantins: 4.

A estimativa do Unicef para 2020 é de que o número de venezuelanos no país chegue a 344 mil. 100 mil deles crianças e adolescentes.

Apelo

Diante desse cenário, o Unicef está fazendo um apelo global para que sejam arrecadados 64,5 milhões de dólares. O dinheiro será aplicado em ações voltadas para crianças venezuelanas em sete países, entre eles o Brasil. Qualquer pessoa pode ajudar e as transações podem ser feitas no site do Unicef.

“Aqui no Brasil, calculamos que precisamos algo em torno de 12,5 milhões para o próximo ano, para fazer o trabalho necessário e assegurar os direitos das crianças e dos adolescentes que vêm de Venezuela”, disse o chefe de comunicação da Unicef Brasil, Michael Klaus.

Klaus também destacou a necessidade de um cuidado maior com grupos vulneráveis como crianças e adolescentes indígenas que muitas vezes chegam ao país desacompanhados dos pais e familiares.

“Muitas das crianças e adolescentes que chegam estão numa situação bastante vulnerável, com a situação da saúde deplorável com pouca nutrição também”, acrescentou.

Ele lembra que os desafios são muitos. E o primeiro deles que precisa ser vencido é o preconceito.

“Na região, já criamos 23 centros que basicamente combinam atividades psicossociais de apoio e educação para essas crianças e facilitar a integração deles tanto na sociedade como também e meio prazo nas escolas aqui”, concluiu.

  • Fonte: Portal G1.
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