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Ex-presidente da Funai acusa Bolsonaro de estimular caos entre indígenas do Acre

O ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), o ex-senador João Pedro Gonçalves (PT), disse na sexta-feira, dia 13, que, enquanto a estrutura da instituição está em processo deliberado de desmonte, o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), estimula a intriga entre as lideranças, os assassinatos, a invasão e a destruição das terras indígenas.

João Pedro foi presidente da Funai no governo de Dilma Rousseff (PT).

“Temos na região, aqui, no Acre, no Amazonas, na fronteira com o Peru e com a Colômbia, povos isolados sem nenhuma proteção. O inverso disso é o estímulo à ilegalidade, à presença de madeireiros e caçadores [nas terras indígenas]”, disse.

Na sua opinião, só há uma saída diante dessa postura autoritária, discriminatória e pós-constitucional: que a sociedade civil organizada em partidos, sindicatos, associações de bairros etc. se mobilize para defender a Constituição e a democracia.

Ele lembra que, no caso dos povos indígenas, a Constituição garante e assegura a cultura, a terra, a diversidade e a pluralidade ética, mas o governo ignora flagrantemente esses direitos.

Os índios de todo o país estão clamando por socorro porque estão sendo mortos e ameaçados em suas terras, afirmou o petista.

“Estão matando as lideranças guajajaras (Maranhão), invadiram postos de proteção dos índios isolados no território amazonense e mataram um funcionário da Funai dessa frente, em Tabatinga [no Amazonas]”, afirmou.

Com informações da BNC

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