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quinta-feira, março 28, 2024

Após 6 meses, inquérito de barco que explodiu e matou seis pessoas em Cruzeiro do Sul ainda não foi concluído

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Após seis meses, o inquérito que investiga a explosão de uma embarcação que vitimou 18 pessoas, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, ainda não foi concluído e a polícia aguarda para ouvir o dono do barco, e pelo menos mais 10 pessoas, segundo informou o delegado Lindomar Ventura, que comanda as investigações.

“Ainda tem gente a ser ouvida e não tem prazo de quando vai ser concluído. O dono do barco será ouvido, ele está ainda em tratamento, e no nosso modo de ver é o principal depoimento que a gente está esperando”, disse o delegado.

O acidente ocorreu no Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, no dia 7 de junho e seis pessoas morreram. Outras, como o dono do barco e o pequeno Paulo Victor, de 4 anos, ainda seguem em tratamento. A polícia pediu a prorrogação do inquérito em agosto do ano passado.

De acordo com o delegado, o dono da embarcação é um dos depoimentos mais importantes, e que ele já está em casa, no município de Marechal Thaumaturgo e aguarda a próxima consulta médica de acompanhamento dele em Cruzeiro do Sul para que ele seja ouvido.

“Ele deve vir agora final de mês [de janeiro] ou início de fevereiro e vai ser ouvido. Não tenho como passar um prazo, mas a gente já está muito adiantado e a promotoria já fez vistas no inquérito, [pediu] algumas diligências e a gente vai cumprir. Em breve queremos terminar esse procedimento”, explica.

Além do dono do barco, algumas pessoas ainda precisam ser ouvidas e outras vão depor novamente.

“Às vezes, aparece alguma coisa nova e precisamos tirar dúvida ou confirmar informações então vamos ouvir novamente”, disse.

Mais de 40 pessoas já foram ouvidas no decorrer dessas investigações, segundo informou o delegado.

Além disso, Ventura justifica que as investigações, devido aos recessos de fim de ano e o período de férias, acabou desacelerando o andamento de procedimentos mais longos e, por isso, o dono da embarcação ainda não foi ouvido.

“A gente deu uma parada em relação a esses procedimentos mais longos e demos prioridade as questões de flagrante e o momento de retomar é agora. Por uma questão natural de fim de ano e pelo fato de agente querer ouvi-lo aqui”, disse.

Ventura informou ainda que este depoimento é um dos mais importantes na investigação.

“O depoimento dele é importante porque foi ele quem tomou decisões dentro do barco, pelos depoimentos, ele quem autorizou a entrada do pessoal, enfim, é o comandante do barco. O depoimento dele é bem importante”, conclui.

Vítimas fatais

Seis pessoas não resistiram e morreram após o acidente. São elas:

Jucicleide Ferreira da Silva, de 42 anos, morreu na manhã desta terça-feira (8) após ter morte encefálica decretada na última sexta-feira (5)

Valdir Torquato da Silva, de 51 anos, morreu na madrugada do dia 27 de junho no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte (MG).

Antônio José de Oliveira da Silva, de 33 anos, morreu no dia 15 de junho, no hospital João XXIII, em Belo Horizonte (MG).

Antes dele, já tinha ido a óbito Simone Souza Rocha, de 24 anos, que morreu no dia 9 de junho, ainda em Cruzeiro do Sul.

Marluce Silva dos Santos, 38 anos, também seria encaminhada para Minas Gerais, mas também não resistiu e morreu no dia 11 de junho, no Hospital do Juruá.

Uma bebê que estava em tratamento em Rio Branco, filha de Marluce, também não resistiu e morreu no dia 15 de junho.

Tragédia

O acidente ocorreu no início da noite do dia 7 de junho. O barco explodiu quando era abastecido por um caminhão-pipa com 5 mil litros de gasolina que seriam levados em vasilhas para o município acreano de Marechal Thaumaturgo. Além do combustível, a embarcação também levaria os passageiros e outras cargas.

A explosão resultou na morte de seis pessoas e deixou mais 12 feridos.

  • Com informações do Portal G1.
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