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Defesa de advogado preso com 17 mil munições em estrada no Acre diz que material não é ilegal

A defesa do advogado Jaime Fontes, de 37 anos, que foi preso em flagrante com 17 mil munições na segunda-feira (19) durante uma abordagem de rotina da Polícia Militar na Rodovia AC-40, no interior do Acre, disse que o material apreendido não é ilegal e que eles possuem nota fiscal, registro da arma e guia de transporte.

O advogado de defesa, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que as munições eram apenas projéteis e reforçou que iam ser levadas a um clube de tiro do qual o advogado preso participa em Rio Branco.

“Ele estava com as notas, só que na hora, como estava tudo misturado, eles não conseguiram identificar. Foi colocado que foram apreendidas munições com ele e não era munição, porque para que seja munição é preciso que elas estejam completas, que seja o projétil, a espoleta, a câmara e pólvora. O que foi apreendido com ele foi apenas o projétil, que é só o chumbo. Aquilo é só parte de recarga”, disse.

O flagrante ocorreu na tarde de segunda e, durante a revista no veículo, os policiais acharam inicialmente uma pistola 9 milímetros com 16 munições intactas em um carregador. Em seguida, a equipe achou diversas caixas com 14 mil munições de 9 milímetros, outras 2 mil munições de calibre 380 e mil de calibre não especificado.

O advogado informou que Fontes foi solto na manhã desta terça (20) e também relatou que a arma que estava com ele não é de uso restrito. “Ano passado a legislação previu que a 9 milímetros era uma arma de calibre restrito, só quem usava era a Polícia Federal, de lá pra cá, com o decreto do presidente Jair Bolsonaro, ficou liberada a arma de outros calibres.”

A defesa disse ainda que as notas foram repassadas à polícia e estão no processo. Ele acrescentou que os projéteis não pertenciam só a Fontes. “Aquilo tudo pertencia a ele e a outros colegas que fazem parte do clube de tiro.”

A defesa contou ainda que Fontes estava com as munições porque ia para o município de Epitaciolândia. “Ele saiu de casa e pegou no caminho e foi para Epitaciolândia e depois voltou.”

O advogado pontuou que o material foi pego na casa de um amigo de Fontes no Segundo Distrito de Rio Branco e ele seguiu a viagem e quando retornasse faria a entrega no clube. Sobre a arma, o advogado também informou que ele tem o registro.

“Foi tudo comprado no Brasil, a nota é toda proveniente do Brasil, ele tinha recebido e ia repassar aos demais compradores, porque compraram todos juntos. Foi por uma questão de comodidade que ele resolveu deixar tudo no carro. Se quiserem seguir com o procedimento eles podem seguir. A gente está bem tranquilo quanto a isso porque está tudo legalizado”, concluiu.

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