Dificuldades para dormir, eletrodomésticos queimados ou desligados e calor no ambiente de trabalho dos autônomos. São muitos os problemas gerados na vida dos moradores do Amapá em mais de duas semanas de crise energética no estado.
Quase 90% da população é obrigada a manter novos hábitos com o fornecimento parcial de eletricidade, principalmente para seguir com a rotina em casa e no trabalho.
Dormir é um privilégio. Com o rodízio de energia em períodos de 3 em 3 e 4 em 4 horas, o dia começa e termina em horários fora do habitual. Mesmo com a reorganização de cronograma de fornecimento, o sistema segue com falhas. Muitos moradores temem a perda de eletrônicos com os desligamentos e retomadas da luz em horários fora do rodízio.
O apagão no Amapá já dura 17 dias. Foram dois blecautes totais, um no dia 3, que levou 4 dias para ter o fornecimento retomado, e outro na última terça-feira (17), que foi ajustado em cerca de 5 horas. Há investigações abertas em órgãos federais e estaduais para explicar as causas.
Inicialmente, o governo federal deu prazo de 10 dias para solucionar o problema, o que não aconteceu. Em seguida, a distribuidora de energia, a Companhia de Energia do Amapá (CEA), prometeu acabar com o rodízio e retomar a distribuição completa em 26 de novembro.
Nesta semana, no entanto, após o segundo blecaute, a Eletronorte, empresa do governo federal responsável por ativar energia térmica em geradores, prometeu uma solução provisória para restabelecer 100% da energia até sábado (21). Apesar disso, o diretor-presidente da CEA, Marcos Pereira, pediu paciência da população pois, segundo ele, as interrupções podem continuar.
Salão na rua e eletrodomésticos queimados
Depois do segundo apagão total, a falta de esperança por um retorno rápido da normalidade ficou mais difícil. Para quem tem que trabalhar, o jeito é buscar alternativas, como aproveitar a luz do dia e atender na calçada, como fez um salão de beleza da capital.
Sob o sol, alguns serviços, como manicure, podem ser feitos. O restante está paralisado.


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