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sexta-feira, abril 26, 2024

Nova diretora revela conversa confidencial com Gladson e diz que ele “vai pôr polícia” dentro do Depasa

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Além disso, Waleska Lima disse haver um esquema do pagamento de propina dentro da instituição; ela disse ainda que houve resistência ao nome dela por parte de membros da equipe de governo e do próprio governador “por ser mulher” e classificou isso como “brincadeira, mas de forma geral um pouco machista”

A nova diretora-presidente do Depasa, Waleska Lima Bezerra, em seu discurso no primeiro dia de trabalho à frente da autarquia revelou uma conversa confidencial mantida com o governador Gladson Cameli (Progressistas). O tom do diálogo foi de suspeição, com a hipótese de estar havendo o recebimento de propina por parte de servidores do Depasa. O pagamento seria feito por empresários que mantém negócios com a autarquia.

Waleska Lima revelou que uma investigação está em curso e que “o governador vai pôr polícia aqui dentro, vai colocar polícia para investigar quem pede propina para fornecedor, por que que fornecedor dá propina, quem liga… Ele vai colocar vários policiais aqui dentro”.

A conversa confidencial entre a nova diretora do Depasa coloca Gladson em uma verdadeira saia justa diante de centenas de trabalhadores da autarquia. De acordo com Lima, ela não sabia da investigação em curso, mas o próprio Gladson revelou sobre o andamento do trabalho policial.

“E não foi eu quem falou nada não, eu nem sabia, foi ele quem me falou. Então, quem fizer coisa errada não vai ficar”, alertou.

Em tom de austeridade, Waleska disse que vai montar uma equipe para acompanhar todo processo de pagamento feito pelo Depasa. Aquilo que não for ratificado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) não será efetuado.

“Nós vamos criar uma equipe para acompanhar os processos de forma minuciosa, acompanhar como estão sendo, processos passarão pela PGE, se não for pela PGE, não for autorizado não vai passar. Não vai ter pagamento se não for de forma correta”.

Ao encerrar Waleska enfatiza que Gladson Cameli deu a ela um prazo de seis meses para melhorar a gestão do Depasa, caso contrário pretende extinguir a autarquia. Ela voltou a insistir em um possível máfia de propinas dentro da instituição.

“Fornecedor tem que receber na hora certa, gente. Comerciante só tem 30% de lucro. Passa 5 meses para receber e ainda tem que dar propina? Isso não existe gente. Por conta dessas pessoas, que não sei quem são, não estou falando que são vocês, estou falando que teve denúncia, que o Depasa não anda. Então, me ajudem a tirar essa imagem do Depasa (…) Ele [Gladson] me deu seis meses para mostrar que o Depasa pode melhorar para não fechar isso aqui. Essa foi a conversa. Então me ajudem a trabalhar de forma clara, correta e justa”.

Fonte: Notícias da Hora.

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